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Reforma tributária e trabalhista ajudariam mais

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SÃO PAULO, 12 de junho de 2007 - Executivos do setor calçadista alegam que o pacote anunciado hoje pelo governo que beneficia o setor com linhas de crédito mais baratas se não for ineficaz, é pelo menos insuficiente para reverter o problema enfrentado com o recuo gradativo do dólar frente ao real. Com uma queda de 15,2% nas exportações e mais de 30 mil demissões desde 2004, a indústria calçadista foi uma das mais prejudicadas pela situação.

Para o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Elcio Jacometti, o pacote de linhas de crédito pode ajudar a quem precisa de capital de giro mais barato, mas, para impulsionar efetivamente as exportações, as reformas tributária, fiscal e trabalhista continuam sendo necessárias.

Francisco Gomes, presidente da Associação das Indústrias de Curtume do Rio Grande do Sul - maior estado produtor de calçados do País -, conta que os efeitos possíveis das medidas ainda estão sendo analisados, mas também não vê com grande otimismo o anúncio. "Em princípio, o setor de couro não tem problemas de crédito. Não é crédito barato que vai resolver as exportações. O problema é o câmbio", acentua ele.

Entre as propostas do Ministério da Fazenda, a única que Gomes acredita que ajudaria um pouco mais é a que diminui de 80% para 60% o mínimo que uma empresa deve exportar de sua produção para ter isenção de PIS e Cofins na compra de insumos e bens de capital. "Isso eu sei que poderia ajudar algumas empresas", garante ele.

(Juliana Elias - InvestNews)