Dados divulgados pelo Banco Central consolidam a opinião de boa parte do mercado financeiro que não vê hoje obstáculos que impeçam o dólar de seguir em queda. No ano, a divisa dos EUA perde mais de 11% ante o real e a entrada de líquida desta divisa é o principal fator para que isso aconteça.
O fluxo cambial fechou o mês de junho no nível mais alto desde 1982, início da série histórica medida pelo BC, em US$ 16,561 bilhões - um crescimento de 138,5% sobre o resultado de maio (US$ 6,944 bilhões). No primeiro semestre, o Brasil acumula saldo positivo de US$ 51,627 bilhões. No entanto, a posição vendida dos bancos caiu praticamente pela metade, passando de US$ 15,790 bilhões para US$ 7,278 bilhões no mês passado. No começo de junho, a autoridade monetária anunciou medidas reduzindo o limite de exposição cambial dos bancos.
Atenções também no mercado externo, em especial, na economia norte-americana. Logo cedo, as preocupações com o possível efeito da crise no setor imobiliário sobre o restante da economia chegou a afetar os ativos ao redor do globo e o dólar atingiu a máxima de R$ 1,906. Mas comentários do presidente do Federal Reserve da Filadélfia, Charles Plosser, reavaliando a crise imobiliária trouxe ânimo aos investidores. Ele afirmou que a desaceleração do setor não muda a perspectiva de que a economia americana retome sua tendência de crescimento até o fim do ano. Há instantes, Dow Jones subia 0,45% e Nasdaq 0,36%.
(Simone e Silva Bernardino - InvestNews)