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Dólar se mantém na menor nível em 6 anos

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SÃO PAULO, 11 de julho de 2007 - O ingresso líquido de dólares em direção ao País voltou a bater recorde, reforçando a tendência de queda do dólar. No final do dia, a moeda norte-americana fechou estável, a R$ 1,891 na compra e R$ 1,893 na venda, mantendo a mínima desde 20 de outubro de 2000. A recuperação dos índices acionários também colaborou com a trajetória da moeda, que chegou a recuar 0,42%.

Dados divulgados pelo Banco Central consolidam a opinião de boa parte do mercado financeiro que não vê hoje obstáculos que impeçam o dólar de seguir em queda. No ano, a divisa dos EUA perde mais de 11% ante o real e a entrada de líquida desta divisa é o principal fator para que isso aconteça.

O fluxo cambial fechou o mês de junho no nível mais alto desde 1982, início da série histórica medida pelo BC, em US$ 16,561 bilhões - um crescimento de 138,5% sobre o resultado de maio (US$ 6,944 bilhões). No primeiro semestre, o Brasil acumula saldo positivo de US$ 51,627 bilhões. No entanto, a posição vendida dos bancos caiu praticamente pela metade, passando de US$ 15,790 bilhões para US$ 7,278 bilhões no mês passado. No começo de junho, a autoridade monetária anunciou medidas reduzindo o limite de exposição cambial dos bancos.

Atenções também no mercado externo, em especial, na economia norte-americana. Logo cedo, as preocupações com o possível efeito da crise no setor imobiliário sobre o restante da economia chegou a afetar os ativos ao redor do globo e o dólar atingiu a máxima de R$ 1,906. Mas comentários do presidente do Federal Reserve da Filadélfia, Charles Plosser, reavaliando a crise imobiliária trouxe ânimo aos investidores. Ele afirmou que a desaceleração do setor não muda a perspectiva de que a economia americana retome sua tendência de crescimento até o fim do ano. Há instantes, Dow Jones subia 0,45% e Nasdaq 0,36%.

(Simone e Silva Bernardino - InvestNews)