Ontem, a Bovespa registrou queda de 2,81%, influenciada por alguns fatores externos: diminuição das solicitações de empréstimos hipotecários, retração dos estoques de petróleo, queda do índice de confiança do consumidor e, principalmente, revisão para baixo da expectativa de crescimento da economia norte-americana. Todos estes pontos, somados à declaração do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Henry Paulson, de que pode haver agravamento da crise hipotecária no próximo ano, levou os mercados a um pessimismo generalizado.
"As bolsas dos Estados Unidos encerraram o pregão de ontem com uma cara muito ruim. Sem ter esse parceiro, o mercado doméstico está estável", afirma Luis Carlos de Araújo, gestor de carteiras da Umuarama Corretora.
Mas, na opinião do executivo, a partir da semana que vem, os mercados voltam a especular sobre a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) para a taxa básica de juros, marcada para o dia 11 de dezembro. "Acredito que a entidade monetária promoverá um novo corte diante da necessidade de enfraquecer o dólar e, conseqüentemente, fortalecer o setor exportador. Talvez esse seja o segmento eleito para reerguer a economia", destaca o gestor de carteiras da Umuarama.
Dentre as maiores altas registradas pelo Ibovespa estão os papéis da Eletropaulo PNB, que avançavam 4,88%, a R$ 135,51; Banco do Brasil ON que registravam ganhos de 2,52%, a R$ 25,55; e Sabesp ON, que subiam 1,79%, a R$ 45,30. No sentido oposto, as ações da Ipiranga Petroquímica PN caíam 3,18%, a R$ 27,01; Transporte Paulista PN, com queda de 2,34%, a R$ 39,50; e Eletrobrás ON, com desvalorização de 2,33%, a R$ 25,15.
Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o Ibovespa com vencimento em dezembro registrava queda de 0,08%, a 60.900 pontos.
(Vanessa Correia - InvestNews)