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Preocupação com EUA mantém dólar pressionado

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SÃO PAULO, 8 de fevereiro de 2008 - O dia foi de razoável tranqüilidade, com o dólar oscilando pouco, entre a mínima de R$ 1,764 e a máxima de R$ 1,770, até fechar vendido na máxima, com valorização de 0,63%. As preocupações com a saúde da maior economia mundial mantém os investidores avessos ao risco. A taxa brasileira saía aos 270 pontos.

Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso corretora, explica que o câmbio mostra poucas oscilações ao se comportar descolado dos demais mercados devido a atratividade das operações de arbitragem com o juro brasileiro. "Mesmo com as saídas de bolsa, não se vê corrida do dólar para remessas", comentou.

O profissional lembra que o País continua sofrendo influência externa, em meio as preocupações globais com a saúde econômica dos Estados Unidos. "O temor central é se os EUA já entraram em recessão", disse, citando os mais recentes dados ruins de emprego e serviços. "Mas os reflexos no Brasil são pífios, se considerado o contexto da crise", ressaltou. Atualmente, as reservas internacionais brasileiras estão em US$ 190 bilhões, o que consolida os fortes fundamentos do País, com controle de gastos e transparência.

"Entre os emergentes, há interesse em investir, mesmo nos momentos de crise e as operações com derivativos ratificam esta expectativa", finalizou Galhardo.

A próxima semana promete ser de mais volatilidade. A economia chinesa volta do feriado e precisa se ajustar às mudanças desta semana, entre elas, a redução de juros na Inglaterra. Para o profissional da Trevisso, a medida veio em convergência com os EUA, para aumentar consumo e melhor sentimento de confiança.

Em destaque, a aprovação do pacote proposto pela Casa Branca de US$ 166 bilhões até 2009. As medidas prevêem restituições de impostos de até US$ 600 para trabalhadores e um valor acima disso para famílias com filhos. Já as empresas terão incentivas fiscais na compra de equipamentos feitas até o fim de 2008.

(Simone e Silva Bernardino - InvestNews)