Nesta manhã, os investidores repercutiram o superávit de US$ 260 milhões da balança comercial na terceira semana de abril e a queda nas projeções para a taxa de câmbio no final de 2009, além de acompanhar o mercado global de moedas. Neste segmento, o euro estendia a alta e operava em nível recorde frente ao dólar, a US$ 1,60, sustentado pelo elevado preço do petróleo e por comentários do Banco Central Europeu (BCE) de que o juro da região não deve ceder tão cedo por conta de pressões inflacionárias.
Diferentemente do que acontece por aqui, em Wall Street, os indicadores econômicos, balanços trimestrais e as perspectivas decepcionantes de empresas, incluindo a seguradora de saúde UnitedHealth Group, deram força aos temores sobre a economia. Instantes atrás Dow Jones cedia 0,89% e Nasdaq 1,26%. O resultado ruin do Bank Of America e a admissão de perdas bilionárias do RBS (Royal Bank Scotland) devido a aplicações atreladas ao crédito imobiliário de alto risco também empurravam os índices para baixo. Entre outras coisas, a revenda de imóveis residenciais recuou 2% em março e o índice manufatureiro de Richmond voltou a cair.
Mas operadores alertam que apesar de tranqüilo, o mercado de câmbio segue atento a possíveis mudanças na tributação de estrangeiros. No mês passado, o governo decidiu tributar em 1,5% o investimento estrangeiro em títulos públicos, mas a medida teve pouco efeito sobre a cotação do dólar.
(Simone e Silva Bernardino - InvestNews)