"Além disso, o índice acionário da BM&FBovespa também é pressionado pela queda das commodities no mercado internacional", segundo relatório elaborado pelo economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves.
Os investidores adotaram uma postura mais cautelosa após a divulgação dos resultados da ArcelorMittal. A maior siderúrgica do mundo reportou lucro líquido de US$ 3,82 bilhões no terceiro trimestre deste ano, alta de 29% ante os US$ 2,96 bilhões obtidos em igual período do ano anterior. No acumulado dos nove primeiros meses deste ano, o resultado foi de US$ 12,03 bilhões, ante os US$ 7,93 bilhões apresentados em igual período de 2007.
Mas a companhia ressaltou que, em meio a um ambiente econômico desfavorável, fará uma pausa estratégica no crescimento, redução de custos e de endividamento, além de cortes temporários na produção em cerca de 35%. Os papéis de siderúrgicas brasileiras recuam forte nesta quarta-feira, em reação à notícia. As ações ordinárias da Usimanas e preferenciais série A da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) caem 5,2% e 3,71%, respectivamente.
Outras gigantes brasileiras divulgaram seus resultados trimestrais nesta manhã: Braskem e Gerdau. Enquanto o prejuízo líquido da petroquímica brasileira foi de R$ 849 milhões, a Gerdau registrou lucro líquido trimestral 36% maior.
Também pesou sobre os negócios a divulgação do relatório de empregos no setor privado norte-americano. O indicador só corrobora com a perspectiva de recessão na maior economia do mundo. De acordo com a consultoria ADP, o setor privado fechou 157 mil postos de trabalho em outubro. Em setembro foram fechados 26 mil postos de trabalho (dados revisados).
(Vanessa Correia - InvestNews)