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Cresce expectativa de Selic estável por mais tempo

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SÃO PAULO, 19 de novembro de 2008 - Diante do receio com a desaceleração da atividade econômica brasileira, cresce cada vez mais a expectativa de que o colegiado do Banco Central (BC) mantenha a taxa Selic nos atuais 13,75% ao ano pelo menos até o segundo semestre do ano quem. Na BM&FBovespa as projeções de juros embutidas nos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) já refletem este cenário, tanto que os prêmios não estão subindo com intensidade, avalia um especialista de renda fixa que prefere não se identificar.

Hoje as taxas dos DIs inverteram a posição da abertura dos negócios e subiram decorrente da alta da moeda norte-americana e da instabilidade na cena externa. O DI de janeiro de 2010 saltou de 14,86% para 14,91% ao ano.

Pela manhã, os agentes financeiros receberam dados de desemprego divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a instituição o nível de desemprego ficou em 7,5% no mês passado, percentual ligeiramente inferior aos 7,6% registrados um mês antes. O resultado revela que até o mês passado a crise financeira não atingiu o mercado de trabalho brasileiro.

Analistas comentam que a volatilidade deve continuar pautando os negócios no mercado financeiro doméstico. Pelas mesas de operações o clima ainda é de pessimismo e, aparentemente, parece não ter um fim próximo, diante dos temores, cada vez mais crescente, de que a economia mundial caminha para uma recessão.

Novos indicadores divulgados nesta quarta-feira nos Estados Unidos apontam para a desaceleração da atividade, como o Índice de Preços ao Consumidor (CPI), que caiu 1% no mês passado, e nova queda na construção de novas moradias, setor que é o pivô da crise do subprime. De acordo com o Departamento de Comércio dos EUA, o número de licenças para construção de casas recuou 12% em outubro, passando de 805 mil em setembro (dado revisado) para 708 mil residências no mês passado. Os dados vieram abaixo do esperado pelo mercado que projetava 775 mil licenças.A construção de novas residências também apresentou queda de 4,5% em outubro.

(Maria de Lourdes Chagas - InvestNews)