O objetivo do Projeto de Reflorestamento da AES Tietê é promover o desenvolvimento sustentável usando uma metodologia criada pela própria AES e aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) no final do ano passado dentro do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). "Com a metodologia, será possível medir quanto de dióxido de carbono (CO2) está sendo resgatado do meio ambiente e, numa fase posterior, comercializar os créditos gerados com os países signatários do protocolo de Kyoto, acordo mundial para redução do aquecimento global", afirmou o presidente Britaldo Soares.
O trabalho começará pela cidade de Promissão, no interior de São Paulo, e contemplará as cidades no entorno das dez usinas de atuação da empresa. "Esse projeto é um exemplo para muitas empresas, porque tem uma proposta com metodologia bem definida e de credibilidade", diz Francisco Graziano secretário de Meio Ambiente do Estado de São Paulo. "Quero parabenizá-los pela iniciativa, porque nós inclusive já utilizamos mudas de Promissão para outros projetos no Estado". afirmou o presidente Britaldo Soares.
Com a ação, serão removidas e comercializadas cerca de 6 milhões de toneladas de CO2 da atmosfera em 20 anos. "Esse valor equivale a resgatar todas as emissões do transporte rodoviário da cidade de São Paulo durante um ano", afirma o diretor de Meio Ambiente da AES Tietê, Demóstenes Barbosa.
O programa da AES Tietê prevê modelos e técnicas de plantio que levem em conta a biodiversidade de cada região. Serão plantadas até 126 espécies diferentes de árvores nativas.O programa deverá utilizar também o engajamento e treinamento da sociedade do entorno para o plantio. Parte das mudas usadas virá do viveiro da AES, localizado em Promissão (SP). O restante será proveniente de outros viveiros de apoio, cultivados pela própria comunidade, para estimular a geração de renda familiar e garantir disponibilidade contínua de mudas.
Para obtenção dos créditos de carbono na forma de Certificados Temporários de Emissão Reduzidas (tCERs), o plantio de restauração será registrado junto ao Comitê Executivo do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo de Mudanças Climáticas, da ONU. "A iniciativa representa um grande passo para incluir as florestas tropicais, as maiores do mundo, entre as possibilidades de obtenção de créditos de carbono dentro do Protocolo de Kyoto", diz o diretor de Meio Ambiente da AES Tietê, Demóstenes Barbosa.
(Redação - InvestNews)