Os investidores continuam bastante cautelosos quanto ao futuro da economia mundial. O agravamento da crise faz crescer a lista de companhias afetadas pelo movimento global. A Toyota, maior fabricante de veículos do Japão, deverá registrar um prejuízo operacional de aproximadamente 150 bilhões de ienes (US$ 1,7 bilhão) no atual ano fiscal, que termina em março de 2009. Caso o resultado se confirme, será o primeiro resultado negativo desde 1938.
Por conta disto, as ações das montadoras norte-americanas recuam em Wall Street. Na última sexta-feira, o governo confirmou o pacote de ajuda de US$ 17,4 bilhões para a General Motors e Chrysler.
Ainda no Japão, o governo do Japão reduziu suas perspectivas para a economia, pelo terceiro mês consecutivo. Além disso, pela primeira vez em sete anos, as autoridades nipônicas utilizaram a palavra "piora" no documento, principalmente por conta da queda nos ganhos corporativos, gastos de capitais e nas oportunidades de trabalho.
Por aqui, alguns indicadores econômicos foram divulgados. O Boletim Focus, elaborado pelo Banco Central (BC), apontou para uma redução da Selic para 2009. A taxa passou de 13% para 12,25%. Já o saldo da balança comercial ficou superavitário em US$ 416 milhões na terceira semana de dezembro. O montante corresponde a US$ 3,36 bilhões em exportações e a US$ 2,94 bilhões em importações. No ano, o saldo ultrapassa os US$ 23,3 bilhões.
No âmbito corporativo, o Banco do Brasil e o Governo do Estado de São Paulo assinaram hoje, o contrato de compra do controle acionário da Nossa Caixa pelo BB. A operação foi realizada por intermédio da alienação de 76,26 milhões de ações ordinárias da Nossa Caixa, equivalentes a 71,25% do capital social total e do capital votante na mesma proporção. As ações ordinárias da Nossa Caixa avançavam 0,61%, enquanto que os papéis ordinários do BB caíam 1,31%.
A queda dos papéis da Vale e Petrobras - de 3,2% e 2,6%, respectivamente -, também contribuem para a desvalorização do Ibovespa nesta manhã.
(Vanessa Correia - InvestNews)