Segundo Barbassa, a estatal fechou o terceiro trimestre do ano com US$ 10,8 bilhões em caixa, a média que vem sendo mantida ao longo dos trimestres desde o final do ano passado.
"O que nós tínhamos era um caixa excessivamente elevado em final de 2006 e durante boa parte de 2007, mas os tempos mudaram muito rapidamente e mudaram em vários sentidos. Basta lembrar que no primeiro semestre deste ano a discussão era centrada em inflação de custos e hoje há uma preocupação de deflação, redução de custos", disse.
Na avaliação do diretor da Petrobras, as condições do mercado externo para o tomador de recursos começam a dar sinais de que podem estar melhorando. "O mercado de capitais, que é um mercado importante e o principal financiador das grandes empresas, está retornando", disse.
Ele lembrou que na semana passada o México fez uma colocação de debêntures com 10 anos de prazo com um excelente custo, menos de 6% ao ano. "Este é um sinal muito bom, que espero que persista. Existem outras fontes que a Petrobras sempre se valeu em outras épocas, quando não era o Brasil de hoje e que não tinha liquidez. Hoje nós temos US$ 200 bilhões de reservas".
Embora o momento seja de dificuldades, Barbassa acredita que o país está melhor e em condições mais favoráveis para enfrentar a crise, o que, segundo ele, poderá ajudar a Petrobras a captar recursos para financiar os seus projetos.
"Nós sempre conseguimos superar crises e achamos que também vamos superar esta. Em 2008, nós conseguimos captar mais de US$ 8 bilhões. E a Petrobras é uma das empresas que tem o melhor portfólio de projetos e isto ajuda a atrair o investidor e a superar as dificuldades tão logo tenhamos uma visão mais clara".
Sobre a possibilidade de lançamento de debêntures, Barbassa esclareceu que a Petrobras se manteve fora do mercado nos últimos meses porque avaliou que não era favorável.
"Nós não pretendíamos ou não pretendemos ratificar custos que não estavam sendo indicados. Agora com essa emissão do México, que tem um rating equivalente ao nosso, se for confirmada esta oportunidade, pode ser que nós tenhamos uma oportunidade [para o lançamento de debêntures] no primeiro trimestre do ano que vem", explicou.
As informações são da Agência Brasil.
(Redação - InvestNews)