Das dez instituições financeiras pesquisadas, o Banco Safra foi o que cobrou os juros mais elevados nesse caso (11,34%) e a menor taxa (7,59%) foi praticada pela Caixa Econômica Federal.
Os juros cobrados sobre os empréstimos pessoais também subiram e chegaram a uma variação de 16,6% na média anual. Segundo a pesquisa do Procon, no início do ano a taxa média estava em 5,36% e encerra o ano com variação de 6,25%. O Unibanco foi o que apresentou a maior taxa (6,5%) e a menor (4,49%) foi constatada na Caixa Econômica Federal.
De acordo com o Procon, o empréstimo pessoal vinha apresentando, desde o início do ano, oscilações em alta acima da média do ano passado. A maior elevação foi registrada em outubro, quando a taxa aumentou 0,28 ponto percentual sobre o mês anterior (6,04%) ante (5,76%). Já no caso do cheque especial, os aumentos não foram constantes. Ocorreram leves recuos em dois períodos: em março, a taxa estava em 8,20% ante 8,21% em fevereiro, e em outubro 8,96% ante 9,02% setembro.
Os técnicos do Procon orientam os correntistas e demais consumidores dessas opções de crédito a tomarem alguns cuidados como "comparar as modalidades de crédito, não se deixando influenciar pela publicidade que promete vantagens e benefícios, nem sempre condizentes com a realidade; analisar os juros, o prazo, as condições e todas as despesas de contratação; evitar o rotativo do cartão de crédito e a utilização do limite do cheque especial, cujas taxas são altíssimas".
Em uma avaliação sobre o ano de 2008, os economistas da Fundação Procon observam que 2008 não teve o mesmo "clima otimista que marcou o início de 2007", associando tal comportamento aos reflexos da crise imobiliária dos Estados Unidos com o "sobe-e-desce nas bolsas de valores".
Os economistas destacaram ainda o fato de o Comitê de Política Monetária (Copom) ter interrompido o maior ciclo de queda da taxa básica de juros, a Selic, em outubro de 2007, mantendo a taxa em 11,25% até abril deste ano, período em que a mesma foi alterada para para 11,75% e encerra o ano com 13,75%.
"Havia o temor que o nível de consumo no país aumentasse tanto que as empresas não fossem capazes de produzir o suficiente para atender a demanda existente, favorecendo reajustes de preços", salientam por meio da nota técnica os analistas do órgão para justificar as medidas do Banco Central.
Outra ação da política econômica destacada foi o aumento das alíquotas do Imposto sobre as Operações Financeiras (IOF) por parte do governo federal como forma de compensar a queda de receita com a não prorrogação da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF). Com essa elevação do IOF e a crise internacional, segundo esses analistas, foi criado um ambiente propício ao aumento dos juros praticados no mercado.
As informações são da Agência Brasil.
(Redação - InvestNews)