As horas trabalhadas na produção também mostraram recuo, da ordem de 1,9% sobre janeiro, e confirmaram os indícios de arrefecimento da atividade industrial. As demais comparações com 2008 também ficaram negativas: 7,3% em relação a fevereiro e 6,5% no bimestre. A utilização da capacidade instalada, contudo, não seguiu o mesmo comportamento e revelou alta, passando de 77,9% em janeiro para 79,5% em fevereiro.
O pessoal ocupado na indústria sofreu os impactos da menor atividade, com queda de 0,2% em comparação com janeiro. O confronto com o mesmo mês do ano passado ficou positivo em 1,3%. A massa real de salários elevou-se 1,7% após ajuste sazonal, graças aos reajustes salariais e ao retorno de férias coletivas.
´O resultado demonstra que a atividade industrial no Rio encontra-se em processo de declínio, ainda que alguns setores tenham resultado positivo. O atual ambiente requer não só a continuidade da redução da taxa de juros como o restabelecimento da confiança no mercado de crédito´, afirma a diretora de desenvolvimento econômico da Firjan, Luciana de Sá.
Dos 16 setores analisados pela pesquisa,12 tiveram queda nas vendas reais em fevereiro. As mais expressivas foram em Material Eletrônico e Comunicação (-26,94%), Máquinas e Equipamentos (-18,15%), Máquinas, Aparelhos e Material Elétrico (-16,52%), Minerais Não-Metálicos(-13,65%), Edição e Impressão (-13,63%), Outros Equipamentos de Transporte (-13,45%) e Refino, Combustível Nuclear e Álcool (-13,13%).
Os quatro setores que cresceram em vendas foram Veículos Automotores (+27,77%), Vestuário (+12,68%), Metalurgia Básica (+12,62%) e Borracha e Plástico (+3,59%). A queda de pessoal ocupado na indústria representou e eliminação de 745 postos de trabalho. Outros Equipamentos de Transporte (-2,64%), Veículos Automotores (-2,63%), Minerais Não-Metálicos (-1,45%) e Têxteis (-1,35%) foram os destaques negativos, por causa da redução de produção.
(Redação - InvestNews)