De acordo com o gerente da Tarumã, José Domingos Lemos Teixeira, os quatro híbridos com o gene modificado (AG 9020 Bt, AG 8015 Bt, AG 8011 Bt e AS 1551 Bt) que contavam com seus correspondentes convencionais (AG 9020, AG 8015, AG 8011 e AS 1551) apresentaram produtividade em média 16,6% superior a essas últimas. No campo experimental de milho da fazenda, foram plantados 27 híbridos de milho convencional e cinco de milho transgênico em uma área de 3,5 hectares.
"Mesmo que a produtividade seja a mesma, o produtor já sai ganhando, devido à redução no número de aplicações de defensivos e à consequente vantagem ambiental. Além do custo relativamente alto, os agroquímicos utilizados para combater a lagarta-do-cartucho são muito agressivos ao meio ambiente", aponta Almir Rebelo, presidente do Clube Amigos da Terra (CAT) de Tupanciretã e um dos pioneiros no uso de sementes transgênicas na região. Ele ainda lembra que a agricultura convencional já utiliza inseticidas a base de Bt há mais de 50 anos. "Já sabemos que não é prejudicial ao homem, aos animais ou ao meio ambiente."
José Domingos conta que o milho Bt demandou apenas uma aplicação, preventiva, de defensivos, enquanto os convencionais necessitaram de três aplicações, curativas. "Graças a isso, os custos caíram 4%", afirma. O produtor antecipa que pretende aumentar o uso de milho transgênico nas próximas safras. "Devemos plantar 90% da área, de 540 hectares, com o milho BT já na safra 2009/2010. Isso deve garantir cerca de R$ 300 a mais por hectare".
(Redação - InvestNews)