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Queda "espetacular" do PIB pode ser o fundo do poço

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SÃO PAULO, 20 de maio de 2009 - O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão caiu impressionantes 15,2% no primeiro trimestre do ano na comparação com o mesmo período do ano anterior. Foi o maior recuo desde o período pós-guerra. Números 'espetaculares', segundo a equipe econômica do banco Santander. A 'implosão continua', sugerem os analistas do britânico Standard Chartered.

O plano de estímulo fiscal já mostrou sinais no período. Todos componentes do PIB recuaram, com exceção do consumo do governo, que avançou 1,2% nos dados anualizados, adicionando 0,3 ponto percentual ao crescimento. Para o Société Générale, tanto o consumo do governo, quanto os investimentos, serão os principais componentes de crescimento no segundo trimestre.

Portanto, para o banco e outros analistas, a situação atual da economia japonesa já pode ser considerada como 'Nadir' - termo utilizado na astronomia para definir o ponto inferior da esfera celeste. "Apesar deste retrato ruim da economia japonesa, o primeiro trimestre parece ser, como o parece em outras partes do mundo, o fundo do poço", avalia o Santander.

"A mensagem é a de que o pior parece ter chegado ao fim e de que o crescimento do PIB irá aprimorar significantemente ao longo do verão suportado por um afrouxamento fiscal, alguma melhora das exportações e o final da extraordinária redução dos estoques", afirma Flemming J. Nielsen, analista sênior do Danske Bank.

Dados da economia japonesa têm revelado que as exportações já melhoraram marginalmente em março. Os indicadores de confiança também têm mostrado sinais de aprimoramento. Além disso, a produção industrial em março subiu 1,6% na comparação com o mês anterior, mostrando a primeira alta em seis meses. Em relação ao ano anterior, entretanto, a queda chegou a 34,2%.

(Gustavo Kahil - InvestNews)