"As mulheres grávidas são mais vulneráveis à gripe, isso é fato. Como alguns órgãos públicos estão afastando estas pessoas de atividades de risco, é sensato, prudente e até humano que as empresas privadas façam o mesmo, pois as mulheres grávidas estão trabalhando sob forte pressão emocional, especialmente aquelas que atendem o público, cuidam de pessoas ou crianças, trabalham em bilheterias ou balcões de companhias aéreas, entre muitas outras atividades", assinala.
Para Nismenia Cardoso, vice-presidente de Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social da ABRH-Nacional, o reconhecimento de que as mulheres grávidas que trabalham estão expostas a um risco maior pode ser visto em algumas empresas, como companhias aéreas e transportes terrestres, mas ainda não é algo generalizado.
"As empresas precisam avaliar, ainda, que a situação de risco para as grávidas não está apenas no trabalho, mas também, e principalmente, no transporte, pois muitas são obrigadas a pegar ônibus, trens e metrô, o que potencializa o risco de contaminação", adverte.
Segundo Cardoso, no campo da responsabilidade social, é importante que as empresas percebam que as melhores soluções são aquelas onde todos ganham. Nesse sentido, ela enfatiza, afastar de uma atividade de risco uma empregada grávida pode impedir que ela fique doente, coloque sua vida e do filho em risco e até contamine outras pessoas:
"De modo geral, as áreas de recursos humanos conscientes já estão debatendo esta questão e logo veremos várias iniciativas como a adotada pelo Governo do Estado de São Paulo", assinala Cardoso.
(SSB - Agência IN)