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LONDRES - A reforma no Fundo Monetário Internacional (FMI) e em outras instituições globais não deve ocorrer às custas de países em desenvolvimento de renda média como a Argentina, disse neste sábado o presidente do banco central do país.
Martin Redrado, que está em Londres participando do encontro entre ministros de Finanças do G20, afirmou que a Argentina apoia mudanças no FMI que deem a países emergentes mais poder de voto nas instituições financeiras globais, mas rejeitou a ideia de que a nação é super-representada.
Cada um dos 186 países membros do FMI possui uma cota que determina seu poder de voto. As cotas são calculadas por meio de uma complexa fórmula criada para refletir fatores como o tamanho da economia, do comércio e das reservas internacionais.
Fontes europeias do G20 citaram a Espanha como uma nação com representação insuficiente, enquanto considereram Arábia Saudita e Argentina com representação exagerada.
Os Estados Unidos sugeriram uma mudança de 5 por cento no poder de voto direcionado a países sub-representados, independente se são nações ricas ou em desenvolvimento.
Os comentários de Redrado são semelhantes aos do ministro de Finanças da Arábia Saudita, Ibrahim al-Assaf, o qual disse à Reuters nesta semana que seu país não aceitará nenhuma redução em seu poder de voto, apesar de apoiar a reforma do organismo.
'Nações como Arábia Saudita e nós mesmos são países de renda média e algumas nações desenvolvidas querem dar mais espaço para países de renda menor às custas daqueles de renda média', disse Redrado à Reuters.
- Então, como meu colega da Arábia Saudita disse, eu concordo que uma representação maior para países sub-representados deve vir da... divisão de países desenvolvidos - acrescentou.