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REUTERS - A Bayer, maior farmacêutica da Alemanha, reiterou sua projeção anual e anunciou lucro operacional trimestral levemente acima das expectativas, ajudada por uma contínua recuperação na sua divisão de plásticos.
A unidade CropScience, que disputa com a Syngenta pelo primeiro lugar no mercado global de pesticidas, foi atingida pela queda dos preços do trigo e do milho, bem como pelo clima desfavorável.
A companhia manteve sua meta de limitar o declínio no lucro operacional para 5% em 2009, dizendo que a economia global parece ter passado pelo pior.
Ao mesmo tempo, a Bayer reduziu sua projeção para a unidade de produtos químicos voltados ao setor agrícola, afirmando que o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), sem considerar itens extraordinários, será de 23% a 24% das vendas neste ano, abaixo da meta de lucro anterior de 25%.
Às 9h01 (de Brasília), as ações da farmacêutica subiam 1,24%, para 48,41 euros, recuperando-se de um declínio de 1,5% logo após a abertura dos mercados.
Uma queda de 48% no lucro operacional da CropScience no terceiro trimestre também decepcionou o mercado, mesmo que o segundo semestre do ano tradicionalmente represente apenas cerca de 25% do lucro operacional anual da unidade.
Produtores agrícolas no hemisfério norte, maior grupo de clientes da Bayer, tipicamente aplicam produtos químicos na safra na primeira metade do ano. "A CropScience foi decepcionante, é onde os lucros diminuíram acentuadamente", afirmou o analista Karl-Heinz Scheunemann, do LBBW.
Na semana passada, a Syngenta divulgou queda pior que a esperada nas vendas do terceiro trimestre, mas os mercados acionários receberam com agrado uma projeção mais favorável para 2010.
A Bayer teve lucro operacional de 1,50 bilhão de euros, estável e ligeiramente acima da expectativa média de 1,47 bilhão de euros, de acordo com pesquisa da Reuters com 15 analistas.
A Bayer confirmou que espera vendas de 31 a 32 bilhões de euros em 2009, abaixo dos 32,4 bilhões de euros em 2008. A recuperação na demanda por plásticos está ajudando a empresa, que já vê aumento dos volumes destinados à região Ásia-Pacífico.