O diretor de Operações da CNI, Rafael Lucchesi, que divulgou a pesquisa, atribuiu o desempenho de Dilma Rousseff a quatro fatores principais: maior percepção de que ela é a candidata apoiada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva; queda no índice de rejeição; maior exposição dela na mídia e o bom desempenho da economia. Na pesquisa CNI-Ibope anterior, de março, a candidata do PT havia registrado empate técnico (a margem de erro do levantamento é de dois pontos porcentuais), com 33%, enquanto o ex-governador de São Paulo tinha 35%.
Na indicação espontânea das intenções de votos, em que Dilma tem 22% contra 16% do candidato do PSDB, o porcentual de eleitores indecisos permanece elevado, com 40% (era de 42% em março), constatação que levou o diretor de Operações da CNI a enfatizar que a eleição presidencial não está decidida. "O alto grau de indecisão mostra que a pesquisa eleitoral está apenas se aquecendo", assinalou Lucchesi.
Na simulação do segundo turno, Dilma também ultrapassa Serra, invertendo as posições do levantamento de março, detendo 45% das intenções de voto (tinha 39% em março), contra 38% de Serra (que obteve 44% na pesquisa anterior). A rejeição à candidata do PT caiu, de 27% em março para 23% agora, enquanto a rejeição a Serra aumentou cinco pontos porcentuais, de 25% para 30%.
A pesquisa CNI-Ibope, registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número 16292/2010, ouviu 2002 eleitores em 140 municípios entre os dias 19 e 21 últimos.
Na avaliação do governo, a aprovação à forma como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva governa atingiu o nível recorde de 85%, dois pontos porcentuais sobre o levantamento de março. Foi igualmente recorde a confiança no presidente, que atingiu 81%, contra 77% na rodada anterior. A avaliação positiva do governo manteve o mesmo porcentual de março, com 75% dos pesquisados considerando o governo "ótimo" e "bom".
(Redação - Agência IN)