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Venda de veículo importado dispara ante mercado interno

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SÃO PAULO, 12 de julho de 2010 - Embora as vendas veículos tenham apresentando desempenho positivo no primeiro semestre de 2010, ao crescerem 9% no confronto com igual época do ano anterior, o comportamento dos veículos importados superou o mercado interno, ao expandir 35% na mesma base de comparação, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Segundo Cledorvino Belini, presidente da Anfavea, a disparada dos veículos importados frente ao mercado interno é consequência do nível de competitividade que alguns países atingiram como por exemplo, México e Argentina. "Esta boa competitividade que eles conseguiram, nós não estamos atingindo na mesma proporção", disse.

O executivo ponderou ainda que este forte desempenho dos importados, sem dúvida, é uma preocupação para o setor. "Temos que ser mais competitivos para, ao invés de importar, produzirmos aqui." E continou: "A expectativa é que no final de 2010 a participação dos importados nas vendas alcance 18%". Em junho, o percentual ficou em 17,6%.

Além disso, tal comportamento dos veículos importados levou a uma redução nas vendas de carros flex, segundo ressaltou Belini. Em junho de 2009, a participação dos veículos flex nas vendas foi de 89,8%, enquanto que neste ano foi de 86,2%.

A quantidade de licenciamentos de veículos novos importados passou de 209.297 unidades nos seis primeiros meses de 2009 para 282.593 unidades no mesmo período deste ano. Em junho, a venda de importados totalizou 46.285 unidades, com incremento de 2,9% frente a maio e elevação de 15,1% em relação a junho de 2009.

Por sua vez, as vendas de veículos no mercado interno somaram 1,58 milhão entre janeiro e junho deste ano, contra 1,45 milhão unidades comercializadas no primeiro semestre de 2009. Somente em junho, as vendas somaram 262,8 mil e nos últimos 12 meses foram contabilizadas em 3,27 milhões.

No entanto, se comparar as vendas em junho com igual mês do ano anterior foi apurado retração de 12,5%. Belini justifica o comportamento analisando o mês de junho de 2009, cujo o movimento foi de antecipação de compras em função do fim do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). "Como este ano não teve este processo, o resultado foi uma queda na comparação anual".

Já em relação a produção de veículos no Brasil, o número de unidades fabricadas apresentou redução de 5% em junho ante o mês anterior, somando 306,4 mil. Já em ritmo anual, a produção avançou 7,7%. No mesmo sentido, no primeiro semestre o incremento foi de 19,1%, quando foram fabricadas 1,75 milhão de unidades. "As montadoras em 2009 estavam com os estoques elevados, com isso elas tiveram que desovar e consequentemente a produção subiu nos seis primeiros meses", ressaltou o presidente da Anfavea.

(Déborah Costa - Agência IN)