O Banco Mundial reduziu suas previsões de crescimento para
2012, ano em que o PIB global deve subir apenas 2,5%, com o Brasil avançando
3,4%.
Os problemas da dívida da zona do euro e dos países ricos em geral ameaçam gerar ainda mais instabilidade nos países emergentes, advertiu o Bird.
A economia mundial cresceu 2,7% em 2011 e deverá recuperar um bom ritmo em 2013, com avanço de 3,1%.
A América Latina avançará 3,6% em média no ano de 2012, contra os 4,2% estimados pelo Banco para 2011.
"Muitos países da região se beneficiaram dos altos preços das matérias primas, mas as perspectivas futuras são vulneráveis" à queda do crescimento mundial, destaca o Bird.
"O crescimento mais baixo dos países de alta renda e da China prejudicará as exportações, enquanto que os custos de crédito e de capital internacional mais escassos afetarão o consumo e os investimentos".
Com crescimento de 3,4%, o Brasil ficará abaixo da média da America Latina (3,6%) e da Argentina (3,7%), mas superará o México (3,2%).
No geral, todos os países em desenvolvimento "devem se preparar para maiores riscos de regressão econômica, já que a crise da dívida na zona do euro e o frágil crescimento de diversas economias emergentes estão obscurecendo o panorama em nível geral", adverte o texto.
Em média, o grupo de países emergentes - incluindo China, Brasil e Índia - crescerá 5,4%, enquanto os países ricos avançarão 1,4%. O Banco Mundial prevê que a zona do euro recuará 0,3%.
"Os países em desenvolvimento devem avaliar suas vulnerabilidades e se preparar melhor para a crise enquanto há tempo", advertiu Justin Yifu Lin, vice-presidente de Economia do Desenvolvimento do Banco Mundial.
Estes países devem iniciar a procura por financiamento antecipado para seus déficits orçamentários e dar prioridade aos gastos sociais e com infraestrutura.
O Banco propõe ainda que os países em desenvolvimento realizem testes de resistência em seus bancos para comprovar sua estabilidade.
O risco sobre a dívida destes países começa a crescer, em 45 pontos básicos em média, devido à instabilidade persistente na zona do euro.
O fluxo bruto de capital para estes países caiu a 170 bilhões de dólares no segundo semestre de 2011, bem inferior aos 309 bilhões que receberam no mesmo período de 2010.