Após cancelar a presença na reunião do G20, na Rússia, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, evitou comentar sobre o corte adicional no Orçamento da União. O bloqueio está previsto para que o governo atinja a meta de superávit primário de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB).
Mantega se limitou a dizer que o governo tem até o próximo dia 22 para reajustar as contas, quando será divulgado o relatório da reprogramação das receitas e despesas do Orçamento.
“Estamos falando na definição do relatório [de receitas e despesas] que é feito a cada dois meses. O prazo é segunda-feira”, comentou, depois de participar da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES). Perguntado sobre o montante do corte, o ministro disse que existem pontos a serem definidos e que é necessário aguardar a data limite para divulgação.
Em maio, o governo anunciou contingenciamento de R$ 28 bilhões no Orçamento deste ano. Nos dois primeiros anos do mandato da presidente Dilma Rousseff, o bloqueio chegou a R$ 50 bilhões e R$ 55 bilhões, respectivamente.
A meta de superávit primário corresponde ao pagamento de juros da dívida pública, valor que compensa a perda de arrecadação com a redução de impostos ao longo do ano. O superávit primário é, portanto, a soma das receitas e despesas do governo, menos os gastos com pagamento de juros.