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Aeroporto de Campos será concedido à iniciativa privada

Terminal deve ampliar atendimento ao setor offshore

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O aeroporto de Campos deve passar por mudanças significativas nos próximos anos. A prefeitura da cidade está levando adiante a ideia de concedê-lo à iniciativa privada e a licitação deve ser aberta em breve. A Projetos e Consultorias de Engenharia (PCE), que atua em projetos de infraestrutura em diversos setores, foi quem desenvolveu o estudo-base para o leilão do aeroporto e prevê um crescimento relevante na demanda para os próximos anos. 

O diretor da PCE, Paulo Roberto Pereira, avalia que o Porto de Açu e a área de Barra do Furado, onde estão sendo instalados novos estaleiros para embarcações de apoio, vão ampliar a demanda de transportes aéreos na região, assim como o crescimento do pré-sal, que tem aumentado a atividade no Norte do estado. 

O estudo levou em conta uma série de fatores e estabeleceu um valor de outorga mínimo de R$ 3,2 milhões, com um total de investimentos obrigatórios de R$ 31,5 milhões até 2021. Há ainda três outras faixas de investimentos para depois de 2025, mas elas só serão exigidas se o índice de movimentação no aeroporto atingir determinados patamares. 

Em contrapartida, além do aumento da receita com a ampliação da capacidade de passageiros, Pereira acredita que a exploração dos espaços do aeroporto pode render bons frutos. “Atualmente, não têm lojas no aeroporto de Campos, sendo que é isso que dá dinheiro. Hoje os aeroportos são shoppings e concebemos também o de Campos como sendo um shopping”, afirma.

O modelo proposto pela PCE prevê a ampliação do terminal atual de 540 m² para 1440 m² até 2018, além da construção de um novo terminal, de 2.620 m², até 2021, incluindo também um novo pátio de aeronaves de 9.300 m² e um novo estacionamento com 1180 m². Com a expansão, três cenários foram traçados: um otimista, um médio e um pessimista. No pior deles, o aeroporto passa de um total de passageiros transportados – incluindo aeronaves de asa fixa e helicópteros – de cerca de 170 mil anuais para 944 mil, enquanto no mais otimista chegaria a 2,195 milhões de passageiros anuais até 2045. “Calculamos uma Taxa Interna de Retorno (TIR) de 7,6% ao ano, mas as empresas podem apresentar uma demanda diferente da nossa, porque vão ter que apresentar um plano de exploração aeroportuária, junto com a proposta de outorga”, conclui Pereira.


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