O Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo, encerrou as negociações nesta quarta-feira (14) com queda de 1,38%, aos 46.710,44 pontos, após ensaiar uma valorização pela manhã.
Na mínima, o índice marcou 46.701 pontos, queda de 1,40%. Na máxima, registrou 47.715 pontos, 0,74% de alta. O giro financeiro totalizou R$ 15,871 bilhões, segundo dados preliminares.
Os papeis Petrobras PN tiveram queda de 2,09%, cotados a R$ 7,96 enquanto os ON perderam 2,85%, negociados a R$ 9,56. O Ibovespa acumula alta de 3,67% no mês e, no ano, perda de 6,59%.
Pesou a divulgação de dados sobre a inflação da China, reforçando um quadro de desaceleração econômica do país asiático que travou investidores em todo o mundo. O movimento também foi influenciado pelas negociações no mercado futuro. Na véspera, a bolsa perdeu 4%, maior baixa do ano, revertendo os resultado positivos em nove pregões consecutivos.
Previsão da Walmart atinge mercado de ações nos EUA
O mercado de ações fechou em baixa nos EUA, puxado pela gigante rede de supermercados Walmart, que surpreendeu os investidores ao cortar substancialmente sua previsão de vendas. A empresa divulgou uma projeção de queda de 6% a 12% nas receitas em 2017, causando uma queda de 10% em seus papéis, cotados a US$ 60,03 no encerramento.
O índice industrial Dow Jones perdeu 0,9%, aos 16.925 pontos. O Standard & Poor's 500 fechou com queda de 0,6%, aos 1.993 pontos enquanto o composto Nasdaq encerrou 0,3% mais baixo, com 4.783 pontos.
Europa volta a fechar em baixa
As principais bolsas europeias voltaram a fechar em terreno negativo nesta quarta-feira, após a divulgação de novos dados negativos vindos da China. A inflação do gigante asiático abrandou em setembro, segundo informações do instituto de estatísticas do país.
No noticiário interno, a agência de estatísticas Eurostat anunciou que a produção industrial da zona do euro recuou 0,5% em agosto, na comparação com o mês anterior.
No fechamento do pregão, o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha queda de 0,74%, para 355,81 pontos. Em Londres o FTSE-100 caiu 1,15%, aos 6.269,61 pontos. Destaque para as empresas ligadas ao mercado de commodities, como BHP Billiton (-0,86%) e BP (-1,33%).
A bolsa de Frankfurt teve retração de 1,17%, para 9.915, 85 pontos. Os papeis da Volkswagen encerraram contra a tendência e subiram 0,4% após o chefe designado para a América do Norte, Winfried Vahland, pedir demissão do cargo.
Em Paris o índice CAC-40 caiu 0,74%, aos 4.609,03 pontos, com destaque negativo para as empresas ligadas ao mercado de luxo.
A bolsa de Milão caiu 0,95%, aos 21.838,20 pontos, enquanto a de Madrid recuou 0,77%, para 10.037,60 pontos. Descolada da tendência europeia, a praça de Lisboa subiu 0,22%, fechando aos 5.287,74 pontos.
Xangai fecha em baixa de 0,93%; Tóquio cai 1,89%
As bolsas da China também fecharam em baixa nesta quarta-feira: o Xangai Composto caiu 0,93% aos 3.262,44 pontos enquanto o índice SZSE Component permaneceu inalterado.
Em Tóquio, o Nikkei 225 recuou 1,89% aos 17.891,00 pontos; em Hong Kong, o Hang Seng teve queda de 0,71% aos 22.439,91 pontos; em Seul, o Kospi fechou em baixa de 0,47% aos 2.009,55 pontos; em Cingapura, o Straits Times caiu 0,27% aos 2.976,83 pontos; e em Taiwan, o Taiwan Weigthed teve queda de 0,53% aos 8.522,51 pontos.
No encerramento em Sydney, o índice S&P/ASX 200 caiu 0,11%.
Novos dados negativos da China influenciaram a queda do mercado. A inflação ao consumidor anual do país foi de 1,6% em setembro ante 2% em agosto. A inflação ao produtor da segunda maior economia do mundo teve queda anual de 5,9% em setembro, marcando o 43º mês de deflação.
Dólar cai 2,08%
O dólar voltou a cair nesta quarta-feira, mas continuou acima dos R$ 3,80. A queda acontece após uma nova rodada de fracos dados vindos dos Estados Unidos e da China.
Com isso, a percepção de que o Federal Reserve só deverá elevar os juros norte-americanos em 2016 volta a pautar as negociações internacionais, favorecendo emergentes.
No fechamento da sessão, a moeda se desvalorizava 2,08% frente ao real, cotada a R$ 3,8126 na venda. No mês, a divisa acumula queda de 3,86%. No ano, valorização chega a 43,4%.
por Pedro Leite