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Governo enviará reforma trabalhista ao Congresso até o fim do ano, diz ministro

Sobre terceirização, Nogueira disse que pode aproveitar proposta aprovada na Câmara

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O ministro do Trabalho e Previdência Social, Ronaldo Nogueira, disse nesta quarta-feira (20) que o governo do interino Michel Temer vai encaminhar ao Congresso Nacional até o fim deste ano uma proposta de reforma trabalhista e outra para "regulamentar" a terceirização. 

Durante café da manhã com jornalistas, Nogueira alegou que a legislação trabalhista brasileira data dos anos 1940 e que, de lá para cá, novas atividades econômicas foram incorporadas à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). “Ela virou uma colcha de retalhos que permite interpretações subjetivas”, destacou.

De acordo com o ministro, tal proposta de reforma trabalhista a ser elaborada pelo governo Temer pretenderia valorizar a negociação coletiva e tratar de assuntos como salário e jornada, mas não permitiria, por exemplo, o parcelamento de férias ou do décimo terceiro salário. “A CLT será atualizada com o objetivo de simplificar, para que a interpretação seja a mesma para o trabalhador, o empregador e o juiz”, disse. “Direitos não serão revogados.”

Terceirização

Sobre regulamentar a terceirização, Nogueira adiantou que pontos da proposta aprovada na Câmara dos Deputados poderão ser aproveitados, mas não entrou em detalhes. De acordo com ele, será criado um grupo de trabalho para definir o que são e quais serviços especializados poderiam ser terceirizados.

“Vamos trazer o trabalhador, o empregador e especialistas da área para aprimorar as propostas da terceirização em busca de um consenso”, destacou. “Essa discussão de atividade-fim e atividade-meio é irrelevante neste momento”.

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Proteção ao emprego

O Ministério do Trabalho informou ainda que pretende tornar permanente o Programa de Proteção ao Emprego (PPE) por meio do envio de projeto de lei ao Congresso Nacional.

A ferramenta foi criada para proteger empregos em momentos de redução temporária da atividade econômica e prevê, por exemplo, a redução de até 30% na jornada e no salário por meio de acordo coletivo. O prazo de validade inicialmente previsto para o programa é o fim de 2017.

“É uma política de socorro para garantir emprego”, disse o ministro. “O Brasil está retomando a empregabilidade e a confiança no mercado. As empresas não vão precisar do PPE, mas será um programa que estará à disposição para todos os setores que estiverem em crise”, concluiu.

* Da Agência Brasil