O candidato do PCB à Presidência da República, Mauro Iasi, participou hoje (25) de uma conversa sobre democracia e poder popular com um grupo de alunos da Universidade de Brasília (UnB). Para Iasi, os 30 anos de transição democrática no país serviram para consolidar “a hegemonia burguesa no país”. Segundo ele, a Constituição Federal renegou temas importantes como a demarcação de terras indígenas e a taxação de grandes fortunas.
O candidato ainda definiu a política atual como “mutiladora e restrita” e acrescentou que uma política popular tem que ter ruptura, para que seja possível uma governança em prol da classe trabalhadora. “Não é uma forma autoritária, é uma real democracia”, disse.
Mauro Iasi criticou o fato de grandes empresas, como bancos, companhias privadas de vários setores, como o de produção de alimentos, financiarem campanhas políticas, em troca de participação no governo ou de negociações em torno de emendas no Orçamento Geral da União. Segundo ele, ao fazer isso “elas têm um grau razoável de segurança”. Na avaliação do presidenciável, na democracia brasileira “ qualquer presidente fica refém de uma governabilidade”.