O julgamento do ex-presidente do FC Barcelona Sandro Rosell por lavagem de dinheiro relacionada a direitos de TV da seleção brasileira começou nesta segunda-feira em Madri, anunciou a Audiência Nacional.
Rosell, sua esposa e outros quatro colaboradores são acusados de "lavagem de dinheiro em grande escala", pelo menos 19,9 milhões de euros desde 2006.
A Promotoria da Audiência Nacional, principal instância penal espanhola, pede uma pena de 11 anos de prisão para Rosell, além de multa de 59 milhões de euros.
Rosell e sua esposa teriam se beneficiado do dinheiro obtido ilegalmente por Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF investigado pela justiça no Brasil e nos Estados Unidos no âmbito do escândalo de corrupção "Fifagate".
O caso se concentra em um contrato assinado em 2006 para vender os direitos de transmissão de 24 amistosos da seleção do Brasil a uma empresa com sede nas Ilhas Cayman.
Rosell, em prisão provisória desde maio de 2017, e sua esposa teriam recebido quase 15 milhões de euros em suas contas como parte do negócio. Depois teriam repassado EUR 8,4 milhões a Teixeira e conservado para eles os restantes 6,6 milhões, segundo a acusação.
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