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Seleção feminina dos EUA vai aos tribunais após fim de conversas sobre paridade salarial

REUTERS/Bernadett Szabo/File Photo -
Estados Unidos ganharam a Copa do Mundo Feminina
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As jogadoras que processaram a Federação de Futebol dos Estados Unidos (USSF) exigindo paridade salarial anunciaram que as conversas fracassaram na quarta-feira e que agora procurarão os tribunais, onde "esperam ansiosamente por um julgamento por júri".

Cerca de 28 delas levaram a USSF à corte em março alegando que vêm recebendo menos do que seus colegas homens de forma constante, embora seu desempenho em campo seja superior.

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Estados Unidos ganharam a Copa do Mundo Feminina (Foto: REUTERS/Bernadett Szabo/File Photo)

A ação civil delineou anos de discriminação de gênero institucionalizada, alegando que as condições de viagem, a equipe médica, a divulgação dos jogos e os treinamentos são menos favoráveis para as mulheres, que são tetracampeãs mundiais, do que para a seleção masculina, que nunca conquistou um Mundial e sequer se classificou para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia.

Os dois lados esperavam resolver a situação em uma mediação, mas as atletas, que defenderam seu título recentemente na Copa do Mundo da França, disseram que as esperanças de um entendimento acabaram.

"Hoje precisamos concluir que estas reuniões decepcionaram profundamente pela determinação da federação de perpetuar condições e comportamento fundamentalmente discriminatórios no local de trabalho", disse a porta-voz das jogadoras, Molly Levinson, em um comunicado.

Um porta-voz da USSF disse que a entidade está decepcionada por a medição ter fracassado.

"Infelizmente, ao invés de permitir que a medição progredisse de uma maneira conscienciosa, a representação das reclamantes adotou uma abordagem agressiva e por fim contraproducente após meses apresentando informações enganosas ao público no esforço de perpetuar a confusão", disse Neil Buethe em um comunicado ao Yahoo Sports.

(Por Andrew Downie e Jahmal Corner)