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Presidente do COB critica nova tentativa de burlar a lei

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Jornal do Brasil

RIO DE JANEIRO - Depois de divulgar uma nota oficial no dia em que foi divulgado o doping de cinco atletas que disputariam o Mundial de Atletismo em Berlim, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, se pronunciou sobre o caso. Em uma cerimônia realizada ontem na sede da entidade, no Rio, ele criticou o fato de ainda haver atletas que utilizem substâncias proibidas.

Infelizmente, vão acontecer casos como acontece no mundo inteiro, onde tem gente tentando burlar, mas que tem sido pego. É lamentável que pessoas envolvidas no esporte continuem a fazer isso. É um desafio que eu não entendo o por quê. Nós vivemos uma guerra contra o doping, e essa guerra tem várias batalhas afirmou.

A explicação do técnico Jayme Netto de que os atletas não sabiam o nome da substância aplicada pelos médicos não convenceu Nuzman, Ele alertou que os envolvidos não podem desconhecer o medicamento.

Todos os atletas pelo mundo, que eu converso, querem saber o que estão tomando. A punição ao atleta existe, agora, o que eu defendo em todos os lugares, inclusive no COI, é que, aqueles que contribuem para o doping, também têm que ser sancionados, não só os atletas argumentou.

Na linha do discurso de Nuzman, a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) divulgou mais uma nota oficial ontem na qual pedem a punição do fisiologista Pedro Balikian, apesar de não citarem o nome do profissional.

Na leitura dos depoimentos dos atletas e treinadores envolvidos, verificam-se fortes indícios da participação de pelo menos uma pessoa que os orientou, de forma perversa e deliberada, a utilizar as substâncias banidas. A CBAt e o Rede Atletismo não irão permitir que atletas e treinadores sejam os únicos punidos em um processo que provavelmente contou com uma personagem sinistra por trás desses infaustos casos diz a nota.

Segundo a CBAt, a comissão de inquérito vai apurar o caso reunir elementos para identificar outros responsáveis e denunciá-los aos órgãos competentes. Mas a entidade lembra que segue em busca de outros atletas envolvidos no uso de práticas proibidas.

Punição

A CBAt também anunciou nesta quinta-feira as primeiras punições oficiais pelo doping. A entidade recebeu comunicados de Jorge Célio Sena, Bruno Tenório e Lucimara Silvestre abrindo mão da análise da contra-prova B, assumindo integralmente as consequências e sanções previstas nas regras da Federação Internacional (Iaaf) e não terão suas penas agravadas. Os três estão suspensos por dois anos, a contar de 15 de junho de 2009, até 14 de junho de 2011.

A entidade afirmou que usaria como atenuante a contribuição dos atletas que assumissem a culpa pelo doping.