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Confira os maiores micos dos Jogos de Vancouver

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Felipe Held, Portal Terra

VANCOUVER - Após quatro anos de preparação intensa, expectativa e ansiedade, chega o momento de disputar uma Olimpíada. O planeta para a fim de assistir ao evento mais importante do esporte, com o pelotão de elite de cada modalidade. Lances geniais, reações incríveis e grandes surpresas, certamente, ficarão na memória dos fãs por muito tempo - senão para sempre. Assim como qualquer deslize, que pode se tornar um verdadeiro vexame de dimensões mundiais.

Os Jogos de Inverno de Vancouver certamente serão lembrados pelas manobras perfeitas dos snowboarders Shaun White e Torah Bright, pelos arremessos milimétricos do capitão canadense de curling Kevin Martin, dentre outros. Além deles, outras personalidades dos esportes de gelo e neve terão espaço nas recordações, mas de outra maneira - e sempre acompanhadas de um riso. Tratam-se dos micos da Olimpíada de 2010, que o Terra lista abaixo. Confira:

Faltou o GPS

Leanid Karneyenka poderia ter levado a Bielo-Rússia à final do cross-country por equipes em Vancouver. Após uma boa reação, ele liderava a prova semifinal até que, na última curva da volta final, deparou-se com uma bifurcação na pista e escolheu o caminho errado. O atleta entrou em uma curva errada, mais fechada, e teria que retornar o traçado correto para cruzar a linha enquanto todos seus adversários já haviam terminado a disputa. Resultado: seu país ficou em último na prova e não avançou à decisão da medalha. A Karneyenka restou sentar na neve, desolado. » Saiba mais

Sorriso maroto

Após conseguir a prata no luge individual, o alemão David Moeller se submeteu a uma sessão de fotos para exibir sua conquista para o mundo. Os fotógrafos queriam uma imagem forte do atleta e sugeriram: "morda a medalha, morda a medalha!". Moeller acatou aos pedidos e abocanhou seu prêmio. Instantaneamente, quebrou um dente incisivo superior. Diz o atleta que não sentiu dor e que teve seu problema resolvido por um dentista que acompanha a delegação alemã em Vancouver. » Saiba mais

Fogo amigo

A Coreia do Sul vibrava ao ver três atletas nas primeiras posições na volta decisiva da prova masculina dos 1.500 m da patinação de velocidade em traçado curto. Ho-Suk Lee e Si-Bak Sung brigavam para alcançar a primeira posição de Ju-Sung Lee, mas se chocaram na última volta e deslizaram, juntos, em direção à parede da pista, dando adeus ao pódio triplo. Pior: o americano Apolo Anton Ohno, desafeto dos patinadores sul-coreanos, herdou a prata. Ju-Sung Lee, pelo menos, conseguiu escapar por pouco do tombo e confirmou o ouro. » Saiba mais

"Speedy" González

Idade: 47 anos. Altura: 1,83 m. Peso: 90 kg. Essa é a ficha do argentino Ruben González, que chamou a atenção no luge. O sul-americano, que era zombado na escola e decidiu procurar um esporte que "quebrasse ossos" para se auto-afirmar, deu um susto na plateia quando quase se acidentou em um trecho reto e de baixa velocidade, já no fim da primeira descida da prova individual masculina, mas acabou apenas ricocheteando algumas vezes nas paredes de gelo. Último colocado, González ao menos se mostrou bom em duas coisas: nas entrevistas, tendo sugerido até a demissão de Diego Maradona da seleção argentina de futebol, e no garfo: ele diz ter perdido a conta de com quantos cachorros-quentes recheou a já saliente barriga durante a cerimônia de abertura de Vancouver 2010. » Saiba mais

Trapalhão

Uma das candidatas a pódio no luge, a alemã Natalie Geisenberger se preparava para a sua quarta e última descida quando as luzes vermelhas na pista se acenderam paralisando a prova. Um fotógrafo, que tentava encontrar o ângulo adequado para capturar as melhores imagens da atleta, acabou se ajoelhando acidentalmente sobre um dispositivo que ligava os hidrantes do Whistler Sliding Center. Por segurança, a organização foi obrigada a interromper a disputa por aproximadamente dois minutos. Geisenberger, entretanto, não se desconcentrou com o ocorrido e alcançou o bronze. » Saiba mais

Com o rabo entre as patas

O americano Scotty Lago tentou usar a medalha de bronze que faturou no halfpipe do snowboard como trunfo para chamar a atenção das garotas nas baladas no Canadá. O atleta, com a camiseta da delegação dos Estados Unidos levantada, chegou a colocar a láurea conquistada nos Jogos de Inverno em torno de suas calças enquanto uma mulher se ajoelhava para dar um beijo no prêmio bronzeado. O problema é que o acontecimento foi fotografado; e a picante imagem, divulgada. Assim que as fotos saíram na internet, Lago voltou para casa, criticado e arrependido. » Saiba mais

Desligado

Já imaginou a possibilidade de perder uma Olimpíada simplesmente por não atender ao telefone? Foi isso o que aconteceu com o alemão Patrick Beckert, na prova dos 10.000 m da patinação. Ele era apenas o quarto reserva, mas o italiano Enrico Fabris desistiu de competir uma hora antes, após sentir náuseas. Apenas a delegação alemã se manifestou para inscrever um dos suplentes e iniciou as buscas por Beckert. O patinador, porém, estava com o telefone celular desligado e não recebeu as ligações. Retornou aos chamados apenas 17 minutos depois do início da prova e não teria mais chances de chegar ao Richmond Olympic Oval. » Saiba mais

Que lambança, campeão!

O holandês Sven Kramer, que já havia sido medalha de ouro nos 5.000 m da patinação de velocidade em Vancouver, cravou 12min54s50 nos 10.000 m, 4s mais rápido que o sul-coreano Lee Seung-Hoon, que detinha a liderança da prova. Kramer festejava o ouro quando percebeu que havia sido desclassificado por um erro infantil para um atleta de seu nível: em vez de assumir uma das faixas da curva, ele passou com as pernas sobre os cones que delimitavam as pistas. Eliminado e aborrecido, ele culpou o técnico Gerard Kemkers por ter lhe passado uma orientação errada. O problema é que a Holanda havia parado para ver a prova do patinador. A decepção foi tão grande que os jornais locais, que noticiavam uma crise política no país, deixaram o tema de lado para estampar o vexame do campeão.