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Vôlei: Cimed e Montes Claros se enfrentam na final masculina

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Bruno Voloch, Jornal do Brasil

RIO - Por mais que seja experiente, a ansiedade fala mais alto nessa hora. O comandante da Cimed, Marcos Pacheco, de 43 anos, não vê a hora de começar a decisão contra Montes Claros. Gaúcho de Gravataí, Pacheco pode ganhar seu sétimo título brasileiro sábado, às 9h30, na final da Superliga Masculina de Vôlei, no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, em partida transmitida ao vivo pela TV Globo e pelo canal SporTV. Foram quatro conquistas como assistente de Jorge Schmidt nos tempos de Frangosul, Ulbra e Unisul e duas dirigindo o Cimed nas temporadas 2007/08 e 2008/09.

Pacheco diz que seu time chega para essa final muito bem nos aspectos físico e técnico:

Todos os jogadores estão 100%, sem nenhum problema e muito bem condicionados. Isso é fundamental quando você encara uma decisão e um time tão complicado pela frente.

Pacheco elogia o adversário e ressalta que Montes Claros não é só Lorena, maior pontuador da Superliga:

- Claro que o Lorena é o principal atacante deles, aquele que vira a maioria das bolas. Mas o Rodriguinho joga com velocidade, o Acácio fez grandes jogos na quartas e nas semifinais, tem o Piá e provavelmente o Ezinho. Não acredito que o Ezinho deixe de jogar a final e deve atuar no lugar do Diogo. O Ezinho tem muita bagagem, passa e dá volume de jogo para Montes Claros.

Quando perguntado se esperava encontrar Montes Claros na final, Pacheco foi sincero e direto:

Estaria mentindo se dissesse que sim. Muitos times investiram bem mais grana que eles, tinham mais estrelas, mas isso só serve para aumentar os méritos de Montes Claros. Eles vivem uma situação que ninguém nos contou, nós passamos por ela e vivemos na pele. Montamos nosso time e chegamos à decisão no primeiro ano de formação.

Falar em favoritismo não agrada muito Pacheco, que admite uma leve vantagem na final.

No papel, sim; mas na prática, negativo. Nosso time pode ser mais experiente, acostumado com decisão, tem o Bruno e o Lucão de titulares da seleção, mas tudo isso se resume em um jogo somente onde tudo pode acontecer.

Aliás, jogar a decisão em somente uma partida e longe da torcida desagrada o técnico:

Não é justo se formos analisar, mas é o regulamento. O ideal seria ter pelo menos três partidas na final, seria mais coerente. E tem mais. O fato de jogar longe da nossa torcida é ruim e também injusto, afinal, fizemos de tudo e lutamos muito para ficar em primeiro lugar. Mesmo assim, jogaremos longe deles. Nosso ginásio tem capacidade para 1.300 torcedores e estaria lotado. O sentimento não é dos melhores, porque temos muita afinidade com cada um que nos prestigiou.

Perguntado sobre o momento mais complicado do time na Superliga, Pacheco não titubeou:

- Contra o Caxias, nas quartas de final. Do segundo para o terceiro jogo, vivemos momentos de tensão, porque a gente sabia da nossa obrigação de chegar pelo menos nas semifinais. Foram jogos duríssimos contra eles. Contra o Pinheiros, do qual muita gente fala, a responsabilidade era deles, e não nossa.

Marcos Pacheco termina dizendo o que será decisivo no jogo contra Montes Claros:

- Equilíbrio é a palavra-chave. Se tivermos equilíbrio no sistema ofensivo e no defensivo e sacarmos com eficiência, temos muita possibilidade de ganhar o campeonato.