MADRI - A atleta espanhola Marta Domínguez, campeã do mundo dos 3.000 m com obstáculos, foi suspensa do cargo de vice-presidente da Real Federação Espanhola de Atletismo (RFEA), anunciou a entidade nesta sexta-feira, após a breve detenção da atleta em uma operação de combate ao doping.
O presidente da RFEA, José María Odriozola, alegou como motivo para a suspensão a detenção de Domínguez durante algumas horas na quinta-feira, depois da qual ela ficou em liberdade provisória, sob acusações de tráfico e distribuição de productos dopantes. "Isto prejudica de forma importante a imagem do atletismo espanhol", lamentou Odriozola.
Domínguez, campeã mundial dos 3.000 m com obstáculos em 2009 e medalha de prata nos 5.000 m nos Mundiais de 2001 e 2003, foi presa na cidade de Palencia, e depôs durante algumas horas antes de ser liberada.
Segundo a imprensa, a polícia encontrou medicamentos e documentos na casa de Domínguez que incriminam a atleta no tráfico de substâncias proibidas e na lavagem de dinheiro.
Além de Domínguez, a chamada operação "Galgo" deteve outras 13 pessoas em diversas cidades da Espanha, incluindo "médicos, farmacêuticos, treinadores, empresários e atletas de elite", informou o Ministério do Interior. As prisões ocorreram nas cidades de Madri, Las Palmas, Alicante, Segovia e Palencia.
Entre os detidos estariam César Pérez, técnico de Marta Domínguez, e Manuel Pascua Piqueras, um dos treinadores mais premiados do atletismo espanhol.
O esquema utilizava "EPO, anabolizantes e até transfusões de sangue reciclado do próprio atleta" como doping.