As seleções brasileiras de judô para cegos e goalball, masculino e feminino, embarcam nesta quarta-feira, às 23h (de Brasília), para Antalya, na Turquia, onde disputarão o Campeonato Mundial da IBSA. Serão 25 atletas, divididos nos três grupos, buscando conseguir uma boa pontuação para o Brasil no ranking internacional, para garantir vaga para Londres 2012. A competição começa no dia três e vai até 10 de abril.
No judô para cegos, 13 atletas defenderão o País. No Mundial do ano passado o Brasil conquistou uma prata (Lúcia Teixeira) e três bronzes (Daniele Bernardes, Victoria Silva e Deanne Almeida). "Estamos com um grupo cada vez mais forte. A nossa seleção feminina, que já se destacou no Mundial ano passado, deve chamar a atenção novamente", explica o técnico do judô para cegos, Jaime Bragança.
De acordo com o treinador, cinco judocas devem brigar por medalhas: Karla Cardoso, duas vezes medalhista paraolímpica; Michele Ferreira, que foi bronze em Pequim e não esteve no Mundial de 2010; Lúcia Teixeira, melhor brasileira em Antalya, ano passado com a prata; Daniele Bernardes, bronze no Mundial e duas vezes em Paraolimpíadas; e a revelação de 2010, Victória Silva, bronze no Mundial.
"Estou muito confiante pelo trabalho que tenho feito", diz Victória. Mesmo sendo uma das mais jovens do grupo, ela garante que não sente a pressão de ser favorita. "Dá para conseguir um resultado melhor que do ano passado. Agora já conheço as adversárias, já tenho experiência em competições desse porte", explicou. O tetracampeão Antônio Tenório endossa o coro de que as mulheres serão o destaque do país, mais uma vez. "As meninas do Brasil estão um passo à frente, só dependem do empenho delas para conseguirem ser campeãs", aposta.
Tenório é a maior esperança de medalha, no masculino. E promete brigar por um lugar no pódio, o que asseguraria a vaga para o Brasil nas Paraolimpíadas de Londres 2012. "Minha vontade é ficar entre os três primeiros e já garantir a vaga, sem depender do resultado do Parapan", diz.
Mas há jovens promessas também no masculino, explica Jaime Bragança. "O estreante Willians, de 18 anos, por exemplo, deve ajudar o país a cumprir a meta de ter uma boa pontuação para conseguir melhores rankings e mais vagas para Londres 2012.