Na estreia do Brasil contra a Venezuela no Pré-Olímpico, na última terça-feira, foi perceptível que a rivalidade com a Argentina alcança também o basquete. Ainda que no início do jogo a ala do público composta de crianças gritasse o nome de Splitter, logo as vaias para o Brasil e os aplausos para a Venezuela tomaram conta. Do lado esquerdo da quadra, via-se diversos torcedores venezuelanos com bandeira e tudo.
O pai de família Edgar Raven, acompanhado de sua mulher Belckis, dos filhos adolescentes Juan e Ernesto e da pequena Nathalie, era um dos que figuravam na torcida venezuelana. Devidamente fardado, portando bandeiras, manta e boné, ele disse que não estava muito confiante quanto à classificação da Venezuela, mas que mesmo assim iria assistir todos os jogos dessa primeira fase.
De férias na Argentina com a família, Edgar disse que veio assistir mais porque gosta de basquete do que por confiança em sua seleção. Torcedor do Caracas, ele acredita que Argentina e Brasil irão se classificar para os Jogos Olímpicos de 2012 em Londres.
O placar final do jogo, 92 a 83, não teve a diferença que Edgar esperava, de 20 pontos, mas serviu para dar mais ânimo ao torcedor. Decidido a só ficar esta semana, mesmo que a Venezuela jogue a próxima fase, ele, que chegou ao estádio nada animado, aplaudia seus jogadores de pé no final da partida.
Nesta quarta-feira, a Venezuela enfrenta, às 11h30, a República Dominicana, que na terça-feira superou Cuba por 90 a 60.