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Gente que rala (e muito) por trás do glamour do Fashion Rio

Conversamos com seguranças, serventes e vendedores: coadjuvantes de luxo na semana de moda carioca

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Fashion Rio, modelos, desfiles, artistas, estilistas e flashes para todo lado. É glamour e luxo! Será mesmo? Há quem esteja todo dia no Píer e não se incorpore a este universo. Seguranças e vendedores (cachorro-quente, pipoca, água de coco) garantem que estão longe deste mundo, embora afirmem que é, sim,um evento luxuoso: segundo os mesmos, eles que não fazem parte desta ciranda fashion. 

De X., funcionário da equipe de limpeza (que, apesar de fofo que só, não permitiu que publicássemos seu nome), por exemplo, ouvimos "que não há nenhum glamour em suas funções, ou melhor, exceto, durante cinco segundos, nos quais conseguem ver algum famoso". Já o segurança Cleidsson Bonim afirma que é a produção minuciosa que, no fundo, dá toda essa aparência ‘de coisa chique’.

Mas para outros, é o modo de se vestir que faz toda diferença. “Parece que o desfile nem é na sala reservada para isso e, sim, nos corredores. As pessoas se arrumam para andar aqui, e tudo é bonito; um cabelo bagunçado, um prendedor diferente, tudo é moda”, disse a vendedora Patricia Maria.

Mas há quem não ache tudo tão bonito, como Dee: por exemplo, a vendedora de água de coco Maria Claudia. “É uma forma diferente, né?! Eu não estou acostumada com pessoas que se vestem assim. Onde eu vivo, a gente usa o que está na moda. Aqui, não. Eles usam umas coisas loucas”, disse. Parece que esse “mundo” de glamour e luxo se trata de imagens bem relativas.

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