O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), registrou 80,9 pontos em janeiro – um aumento de 4,4% em relação a dezembro do ano passado, quando atingiu a mínima histórica.
O resultado foi influenciado por variações positivas nas expectativas futuras dos empresários, porém a queda de 23% na comparação com janeiro de 2015 ainda reflete a deterioração do mercado de trabalho e a retração do comércio ao longo do ano passado.
“Apesar do resultado positivo em janeiro, permanecem ausentes fatores que indiquem uma retomada do crescimento da atividade do comércio no curto prazo”, afirma a economista da CNC Izis Ferreira. Para o fechamento de 2015 a Confederação prevê queda de 4,1% nas vendas do varejo restrito. Já no varejo ampliado, que inclui os setores de automóveis e materiais de construção, a previsão é de queda de 7,5%.
Expectativas e intenção de investir melhoram
O subíndice que mede as expectativas futuras do empresário do comércio alcançou 120,8 pontos, mantendo-se acima da zona de indiferença (100 pontos). Na passagem do mês, o componente registrou aumento de 5,5% – o segundo crescimento consecutivo. A evolução positiva nas expectativas foi determinada pela melhora dos três itens mensurados – economia, setor e empresa –, sendo que as perspectivas em relação à economia foram as que apresentaram maior crescimento mensal: 9,0%. Apesar do resultado positivo em janeiro, as expectativas acumulam queda de 11,5% na comparação anual.
Na avaliação dos 6 mil empresários entrevistados, as intenções de investimentos também melhoraram. O subíndice registrou aumento de 4,2% na comparação mensal, influenciado pelas intenções de contratação (+11,4%) e de investimentos na empresa (+0,3%). A percepção dos empresários em relação aos estoques, que ao longo de 2015 acumulou queda de 8,2%, na passagem de dezembro para janeiro manteve-se estável. Para 30,3% dos empresários consultados os estoques ainda estão acima do nível adequado. No mês passado esse percentual era de 30,7%.
A avaliação dos empresários do comércio em relação às condições correntes segue na zona negativa, com 40,3 pontos, numa escala de 0 a 200. Esse subíndice teve queda de 1,5% na comparação mensal, sendo a menor retração observada nos últimos seis meses. No ano, esse componente acumulou queda de 46,6%, e para 94,4% dos comerciantes do varejo a economia piorou na passagem de 2015 para 2016.
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