A ex-senador Heloísa Helena (Psol-AL) foi alvo de fogo amigo por parte de alguns militantes do seu próprio partido após criticar o aborto de anencéfalos, que é julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Além de criticar o argumento de que a legalização do aborto é uma questão de saúde pública, Heloísa Helena garantiu que sua posição não tem viés religioso.
"Claro que a mulher tem o direito a seu corpo. Pode fazer plástica, pintar o cabelo de roxo. Mas não pode matar uma criança", publicou a política, em seu perfil no microblog Twitter.
Pegou mal
O problema é que, em sua grande maioria, os militantes do Psol são pró-aborto. Enraivecidos com a ex-presidente do próprio partido, eles compararam-na aos padres e pastores que pregavam a proibição do aborto nos arredores do STF.
De saída
Amigo de Heloísa, o deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ) tentou acalmar os ânimos e ressaltou que os integrantes do partido têm liberdade para divergir de opinião.
Em tempo, Heloísa Helena deve permanecer no Psol por pouco tempo. A tendência é que ela participe do novo partido de Marina Silva, ainda em formação.