O delegado de Polícia Federal Angelo Gioia, no início de 2011, tirou a sorte grande na administração federal: foi designado pela diretoria do Departamento de Polícia Federal (DPF) para o cargo de adido policial na embaixada brasileira em Roma, cargo cobiçado por muito, mas que poucos são os que conseguem alcançá-lo.
Curioso é que a indicação do nome de Gioia para a presidente Dilma Rousseff nomear desrespeitou as normas Internas do DPF que impedem que o cargo seja ocupado por quem estiver respondendo a processo no Brasil.
Gioia, na época, foram denunciado criminalmente e era réu em uma Ação de Improbidade Administrativa proposta pelo Ministério Público Federal. Nem por isto, o DPF entendeu que deveria suspender a nomeação.
Esta semana a Procuradoria da República do Rio apresentou a terceira Ação de Improbidade contra o delegado que continua firme e forte no cargo. Desta feita, responderá, junto à mesma 18ª Vara Federal, por encaminhar “relatório de inteligência cujo teor, quanto à vítima, havia sido prévia e totalmente descartado por carecer de qualquer consistência”. Ou seja, ele enviou aos procuradores documento cujo teor era inverídico com relação a outro delegado.
Mesmo com esta nova ação, poucos acham que o ministro da Justiça encaminhará à presidência um pedindo revogando a indicação do delegado. Pelo jeito, antes mesmo de chegar à Roma, Gioia já tinha um santo forte.