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Liesa na mira do MP

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A ação civil pública que determinou o bloqueio de bens do ex-prefeito Cesar Maia e de outros envolvidos por conta das alegações de irregularidades no carnaval pode ter consequências ainda mais sérias para a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), entidade que controla o carnaval carioca. 

A promotora Patrícia Villela, da 5ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Cidadania, que investiga as irregularidades na folia carioca, quer tirar a organização dos desfiles das mãos da Liesa. Segundo a Ação Civil Pública (ACP), os bicheiros têm usado a festa para se apropriar de dinheiro público:

"Os referidos "patronos", muitos dos quais foram outrora condenados pelo Judiciário por formação de quadrilha e exploração do "jogo do bicho", agora têm a oportunidade de se locupletar da generosidade do Erário Público", afirma o Ministério Público (MP).

Na ACP, o MP pede que a Liesa seja proibida de contratar com o poder público, o que inviabilizaria a manutenção do atual modelo de gestão do carnaval.  Além disso, a Liga pode ser obrigada a devolver aos cofres públicos até R$ 10,6 milhões.