Brasília - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que afirmou nesta terça-feira, em palestra proferida em São Paulo, preferir a morte do que passar alguns anos encarcerado no sistema prisional brasileiro, deve conhecer, sem dúvida, os números impressionantes da superlotação dos presídios naquele estado, onde nasceu, se formou e fez carreira.
Dados oficiais
De acordo com dados da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo – em matéria divulgada no site da Associação Nacional dos Defensores Públicos (Anadep) – o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Jundiaí está 108,33% acima da capacidade. A casa de detenção foi construída para abrigar 768 detentos, mas estava com 1.600 presos, no último dia 7.
Campinas e Sorocaba
Os números não são menos impressionantes em outras cidades importantes de São Paulo. No CDP de Campinas, que tem 768 vagas, há 1547 detentos. No CDP de Hortolândia, com a mesma lotação, o número de presos já passou de 1800. Em Sorocaba, a situação também é crítica. A capacidade é para 576 presos e o centro local abriga 1605 homens. Em Americana, onde caberiam 576 presos, sobrevivem em condições desumanas 1243 detentos.