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EUA cogitam criar sensores antimísseis no espaço

Mandel Ngan / AFP -
Presidente dos EUA, Donald Trump.
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelará nesta quinta-feira, 17, uma nova estratégia de defesa antimísseis, pensada para enfrentar a ameaça representada pelos novos armamentos da China, da Rússia, do Irã e da Coreia do Norte. Os detalhes serão revelados em visita ao Pentágono junto com membros do alto escalão de Defesa dos EUA.

O documento, compilado desde 2010 e encomendado em 2017, conclui que, para proteger o território americano, é preciso investir em defesa espacial e usar esses sistemas para detectar, rastrear e eliminar ameaças de mísseis. Reconhecendo as preocupações sobre inserir armas no espaço, há demanda por estudos e por isso decisões finais não foram feitas.

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Presidente dos EUA, Donald Trump. (Foto: Mandel Ngan / AFP)

Segundo especificou um funcionário do alto escalão, os EUA querem colocar sensores no espaço para detectar mais rapidamente quando mísseis de inimigos são lançados. A fonte, que falou sob condição de anonimato, afirma que os americanos veem o espaço como uma área para investir em tecnologias de alta capacidade para prevenir ameaças.

O Pentágono lançará ainda um estudo sobre a criação de um novo sistema de interceptação, com uma espécie de drone equipado com mísseis, capaz de permanecer na órbita terrestre para destruir mísseis hipersônicos hostis em seu pico.

A nova estratégia antimísseis dos EUA tem como objetivo proteger o país de ameaças balísticas da China, Rússia, Irã e Coreia do Norte. Além disso, os americanos querem se preparar para ataques de armas hipersônicas, que podem se deslocar a mais de 5 mil km/h e são quase impossíveis de interceptar com a tecnologia atual.

No mês passado, o governo russo anunciou ter feito testes com armas que viajam 20 vezes mais rápido que a velocidade do som e têm rápida manobra, o que dificulta a interceptação.

Atualmente, os sistemas de defesa estão em terra ou em bases navais e fazem a destruição dos mísseis em pleno voo. Trump e o vice-presidente, Mike Pence, já enfatizaram que o espaço é o próximo passo na defesa de mísseis.

Qualquer expansão na área de defesa desse escopo pode competir com outras prioridades, incluindo bilhões de dólares a mais que a administração de Trump prometeu gastar em uma nova geração de armas nucleares.

Uma expansão da área de Defesa teria importantes implicações na diplomacia dos Estados Unidos, dada a hostilidade de longa data com a Rússia e a preocupação da China de que os mísseis americanos de longo alcance na Ásia podem minar a segurança nacional chinesa.