O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse que o Brasil estudará formas de ajudar financeiramente a Venezuela, entre elas o equacionamento da dívida do país com o Brasil. Segundo Araújo, a questão ainda será discutida em um grupo interministerial cuja criação foi sugerida nesta sexta-feira, 1º, pelo Itamaraty à Casa Civil. "Ainda precisamos discutir o equacionamento da dívida, as autoridades financeiras precisam discutir porque têm implicações políticas. Falei com o presidente do Banco Central (Ilan Goldfajn) rapidamente sobre essa questão, mas ainda não temos proposta concreta sobre a mesa", completou.
Em relação a sanções que poderiam ser aplicadas ao regime de Nicolas Maduro, o ministro disse que têm que ser analisadas individualmente para ver se são compatíveis com a legislação brasileira e se isso seria útil. "A principal pressão é por via diplomática, é mais determinante. O que mudou no panorama não foram sanções individuais, mas a atitude política dos vários países", completou.
China
Araújo disse que o Brasil poderia conversar com países que hoje apoiam o regime de Maduro, como China e Rússia, se eles demonstrassem que há abertura para diálogo e mudança. Ele disse que espera que a posição diferente de Brasil e China em relação ao tema não seja vista como algo que pode atrapalhar a relação entre os países.