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Guaidó pretende reunir voluntários para recolher ajuda humanitária na Colômbia

AFP -
Manifestação anti-Maduro
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O líder opositor venezuelano Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente do país em janeiro, pretende organizar neste fim de semana assembleias para organizar equipes de voluntários para buscar ajuda humanitária enviada pelos Estados Unidos na cidade de Cúcuta, na Colômbia. Guaidó voltou a pedir que militares rompam com o presidente Nicolás Maduro e permitam a passagem de alimentos e remédios na fronteira.

"Não é um capricho, nem migalhas", disse o opositor. "É uma necessidade. Se bloquearem a fronteira, abriremos um canal humanitário."

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Manifestação anti-Maduro (Foto: AFP)

A oposição pretende constranger o Exército a escolher entre seguir bancando Maduro ou ajudar a enfraquecê-lo permitindo a passagem de alimentos e remédios. Muitos dos oficiais da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) que protegem a fronteira tem baixas patentes e também sofrem com a crise.

"O momento é agora. Não cometam o crime contra a humanidade de permitir a morte de 300 mil venezuelanos que necessitam de ajuda urgente", disse Guaidó.

Ainda de acordo com o líder opositor, os voluntários terão como objetivo buscar a ajuda na Colômbia e distribuí-la de forma eficaz na Venezuela, com transparência e sem discriminação política.

Não está claro se o governo ordenará o fechamento da fronteira, como fez em 2015 após centenas de milhares de pessoas atravessarem para a Colômbia em busca de alimentos e remédios.

Na ocasião, a fronteira só foi reaberta após negociações entre os dois países. Também não há indícios de como o governo americano, que patrocina a entrega da ajuda, reagirá nesse cenário. Ainda de acordo com representantes da oposição, o volume de ajuda deve aumentar nos próximos dias. "Teremos um tsunami de ajuda humanitária", disse o opositor Léster Toledo, que coordena a entrega da ajuda em Cúcuta. "Haverá um corredor humanitário formado por civis e militares."

O governo de Maduro já afirmou que não permitirá a entrada de comida e remédios no país, que sofre há seis anos com a escassez e a hiperinflação, às vezes com falta de itens básicos como água, sabão e papel higiênico, por que a considera um pretexto para uma invasão americana.

"Não vamos permitir o show da ajuda humanitária falsa. Não somos mendigos. ", disse Maduro. "É um jogo macabro: nos congelam o dinheiro para nos pedir migalhas." (Com agências internacionais)