O deputado Freddy Superlano, do Partido Voluntad Popular, contrário ao governo de Nicolás Maduro na Venezuela, teria sido vítima de uma tentativa de envenenamento em Cúcuta, na Colômbia, de acordo com a equipe de imprensa do legislador. O caso foi revelado na noite de sábado na conta do Twitter do legislador e reproduzido também na conta do partido. Segundo o jornal colombiano El Tiempo, porém, o envenenamento foi na verdade um golpe de duas mulheres para roubar o deputado e seu primo, que acabou morrendo.
"Para a Venezuela e o mundo, hoje na cidade de Cúcuta o deputado Freddy Superlano e seu primo Carlos Salinas sofreram um envenenamento, no qual Carlos faleceu. O deputado está estável, oremos todos por sua pronta recuperação. Equipe de imprensa", diz uma mensagem no Twitter do deputado. O Voluntad Popular reproduziu a mensagem, lamentou a morte de Salinas e disse ontem que Superlano se recuperava em um centro de saúde, ainda em Cúcuta. "Enquanto isso esperamos as investigações por parte das autoridades colombianas que levem ao esclarecimento dos fatos", afirmou o partido. Segundo o jornal venezuelano El Universal, vários deputados confirmaram o episódio.
Em outra mensagem, o Voluntad Popular diz que Superlano, presidente da Comissão de Controladoria da Assembleia Nacional, foi vítima de um ataque com "burundanga", ou escopolamina. A substância é usada em alguns países, como na própria Colômbia, em pó para a realização de assaltos, por deixar a vítima atordoada e sem o controle de suas vontades. Em altas concentrações, pode provocar parada cardiorrespiratória.
ROUBO - O jornal colombiano El Tiempo, por sua vez, afirma, citando o Hospital Jorge Cristo Sahium, da cidade de Villa del Rosario, vizinha a Cúcuta, que o deputado foi vítima de um roubo. Aparentemente, duas mulheres drogaram os dois homens no interior de um motel e depois roubaram a dupla, segundo o hospital. Salinas, que era assistente do deputado, chegou sem vida ao hospital, enquanto o deputado recebeu alta e foi embora, afirmou o gerente do centro de saúde, Elkin Sánchez.
Superlano estava no local em meio à operação de oposicionistas para tentar entrar com ajuda humanitária na Venezuela, em desafio ao regime de Maduro.