O chefe do conselho Waqf de Jerusalém, o órgão encarregado da administração das propriedades muçulmanas, detido pela polícia israelense em meio a novas tensões em torno da Esplanada das Mesquitas, foi libertado, constatou a AFP neste domingo.
O Conselho do Waqf denunciou em um comunicado "os ataques das forças de ocupação contra as instituições religiosas e nacionais na cidade santa de Jerusalém".
Também lamentou a prisão "do xeque Abdel Azim Salhab, diretor do conselho do Waqf, e de vários responsáveis e empregados do Waqf ou colaboradores".
O advogado de Salhab declarou à AFP que seu cliente foi proibido por sete dias de ir à Esplanada das Mesquitas.
O ministério jordaniano dos Assuntos Religiosos, do qual depende o Waqf de Jerusalém, condenou com firmeza essas detenções, em uma declaração em Amã.
As forças de segurança israelenses prenderam na sexta-feira 60 pessoas "árabes" - que podem ser árabes israelenses, ou palestinos - para evitar tumultos em torno da Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém Oriental, palco de incidentes entre muçulmanos e policiais israelenses nos últimos dias.
Essas pessoas são suspeitas de incitar os fiéis à violência após a oração muçulmana da sexta-feira.
A Esplanada das Mesquitas, que abriga o terceiro lugar mais sagrado do Islã, é um centro nervoso do conflito entre Israel e palestinos e cenário de tensões e confrontos.
A Esplanada está localizada na Cidade Velha de Jerusalém Oriental, parte da cidade conquistada por Israel em 1967 e depois anexada.
Israel considera toda Jerusalém, incluindo sua parte oriental, como sua capital indivisível. Mas os palestinos querem transformar Jerusalém Oriental na capital do Estado a que aspiram.
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