O grupo terrorista Estado Islâmico divulgou nesta segunda-feira (29) um vídeo que mostra um homem apontado como Abu Bakr al-Baghdadi, líder da organização. É a primeira vez em cinco anos que o EI exibe imagens de seu chefe.
A data em que este vídeo foi feito e a autenticidade não puderam ser confirmadas. Nas imagens, o homem identificado como Baghdadi declara que "a batalha por Baghuz acabou", em referência ao último território que era controlado pelo EI, tomado por forças da Síria em março de 2019.
Apesar da perda, ele insiste que as operações do EI contra o Ocidente são parte de uma "longa batalha", e que o grupo jihadista "vingará" os membros que foram mortos. "Virá mais depois desta batalha", enfatizou.
Ele também diz que as explosões no Sri Lanka foram uma resposta à perda dos territórios na Síria, e que o EI executou ao todo 92 operações em oito países como vingança pela morte de seus militantes.
O homem apontado como líder exibe no vídeo uma longa barba grisalha, que parece tingida de hena. Ele fala devagar, muitas vezes parando por vários segundos no meio de suas frases. Baghdadi tem idade estimada em 47 anos,
O líder do grupo apareceu pela primeira vez em público em Mossul, em 2014, onde declarou um "califado" islâmico nas faixas do território do EI que controlavam na Síria e no Iraque. Esta foi a última aparição dele em vídeos.
Al-Baghdadi, em vídeo de 2014, quando declarou criação de califado Al-Furqan/AFP Sua última gravação em áudio dirigida a seus seguidores foi divulgada em agosto, oito meses depois que o Iraque anunciou a derrota do EI.
Há dúvidas se o chefe do EI está vivo ou morto. Forças de segurança disseram suspeitar que ele está escondido em alguma parte remota da Síria ou do Iraque.
No início da década, o grupo Estado Islâmico tomou o controle de partes do Iraque e da Síria. Em junho de 2014, este território foi proclamado como um califado. No auge de sua expansão, o EI chegou a controlar, no Iraque e na Síria, uma área equivalente ao estado de São Paulo.
Em março de 2019, forças sírias apoiadas pelos EUA conquistaram o último bastião dominado pelo EI, na Síria. Mesmo assim, o grupo continua sendo considerado uma ameaça devido à sua capacidade de estimular ataques a nível global.