Agência EFE
SORIA (Espanha) - Cerca de 300 pessoas se reuniram neste sábado na cidade de Soria, no centro-norte da Espanha, para protestar contra o assassinato da brasileira Rita de Cássia, ocorrido na segunda-feira passada supostamente por seu ex-marido.
A concentração, convocada pela Associação Brasuca, integrada por brasileiros residentes em Soria, aconteceu na Praça Herradores e começou com alguns minutos de silêncio em memória a Rita de Cássia.
A porta-voz da Associação Brasuca, Elis dos Santos, leu um manifesto contra a violência no qual qualificou de 'macabro' o assassinato da brasileira.
- Ninguém tem o direito de tirar a vida de uma pessoa - disse Elis dos Santos sobre o crime, ocorrido na segunda-feira em pleno centro da cidade.
A Associação Antígona de defesa das mulheres maltratadas, que recebeu Rita de Cássia quando a brasileira buscou ajuda pelos maus tratos físicos e psíquicos que recebia, apoiou o protesto.
Também participaram o subdelegado do Governo em Soria, Germán Andrés, e o delegado do Governo regional de Castilla y León, Carlos de la Casa.
Mónica Toreli, porta-voz da família da vítima, agradeceu o apoio das instituições às irmãs de Rita de Cássia.
A irmã mais velha da vítima, Cristina dos Santos, recebeu a custódia provisória da filha de cinco anos do casal.
Toreli disse que a menina já sabe que sua mãe morreu. Ainda segundo a porta-voz da família, a criança continua perguntando quando a mão vai voltar, apesar de nunca questionar o paradeiro de seu pai.
O corpo de Rita de Cássia será enviado amanhã a Salvador.