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BUENOS AIRES - A América Latina precisa de planos de ação contra o câncer, doença que mata mais de 500 mil pessoas por ano na região, disse na terça-feira a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão ligado à Organização das Nações Unidas (ONU).
Massoud Samiei, diretor do Programa de Ação para a Terapia contra o Câncer da AIEA, disse à Reuters que a América Latina tem os recursos necessários para melhorar a situação, mas precisa de uma maior coordenação.
- Têm uma oportunidade aqui porque têm mais recursos, mais profissionais e um potencial de treinamento em universidade dos EUA maior que em outras regiões, mas o que falta são planos de controle do câncer - afirmou.
O programa conduzido por Samiei foi criado em 2004, aproveitando a experiência em radioterapia da agência. Segundo ele, a quase totalidade dos casos de câncer de colo do útero e de mama, predominantes na América Latina, poderia ser eliminada com uma melhor política de detecção prematura.
- Nosso foco principal está em incrementar o uso da radioterapia, mas dentro de um plano nacional contra o câncer, que também se concentre na prevenção e detecção prematura - acrescentou.
Especialistas de todo o mundo e representantes dos governos da região se reúnem nesta semana em Buenos Aires para elaborar um programa que sirva de referência aos políticos.