Agência EFE
PARIS - O Ministério de Assuntos Exteriores francês expressou nesta sexta-feira seu desejo de que o Governo colombiano e a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) tenham boa disposição para resolver 'a dolorosa situação dos reféns' em poder do movimento armado.
Por meio de uma declaração, o ministério comentou uma nota das Farc divulgada na quinta-feira que pedia que o novo presidente francês, Nicolas Sarkozy, tivesse 'boa atuação' para tentar propiciar um acordo humanitário que permita a libertação dos seqüestrados.
A diplomacia francesa 'tomou nota' destas palavras, assim como das mensagens do ministro de Relações Exteriores colombiano, Fernando Araújo, que qualificou de 'adequado' o fato de a guerrilha estar disposta a se reunir com algum emissário francês para negociar este eventual acordo.
- Esperamos que estes fatores permitam empreender rapidamente uma dinâmica para trazer uma solução à dolorosa situação dos reféns, entre os quais figura nossa compatriota, Ingrid Betancourt - disse a diplomacia francesa.
Betancourt, que tem dupla nacionalidade franco-colombiana, foi seqüestrada em fevereiro de 2002 pelas Farc.
Com ela estão 56 políticos, soldados, policiais e três americanos, que podem ser incluídos em um acordo de tipo humanitário pelo qual estes serão libertados em troca de guerrilheiros que estão em prisões colombianas.
O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, propôs há dois dias ao grupo a libertação em massa de guerrilheiros em troca de esta organização armada colocar em liberdade os reféns em seu poder.
Uribe disse ainda que estuda a possibilidade de libertar os rebeldes presos que confessem seus crimes e sejam absolvidos pela Justiça.