Agência EFE
MADRI - Os espanhóis vivem hoje um dia de reflexão na véspera da votação de domingo, na qual elegerão seus representantes nas Prefeituras e em 13 das 17 regiões, após uma tensa campanha eleitoral marcada por conflitos entre os dois principais partidos.
Um total de 35.244.188 cidadãos escolherá 8.111 prefeitos, 65.347 vereadores e os 13 presidentes das Comunidades Autônomas que formam o Estado espanhol, exceto Andaluzia, Galícia, País Basco e Catalunha.
Quase 600 mil eleitores já depositaram seu voto pelo correio.
As últimas pesquisas sobre as eleições locais não prevêem grandes mudanças no mapa político espanhol. No entanto, essas são vistas como uma antecipação do pleito geral que acontecerá no ano que vem.
Segundo os analistas, essa é a razão pela qual o presidente do Governo espanhol, o socialista José Luis Rodríguez Zapatero, do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), e o líder do principal grupo da oposição - o Partido Popular (PP) -, Mariano Rajoy, envolveram-se nessa campanha eleitoral como se fosse o pleito presidencial.
Ambos percorreram milhares de quilômetros em toda a Espanha para apoiar seus candidatos, conscientes de que, mais tarde, o resultado será avaliado como uma vitória ou um fracasso político pessoal.
A campanha foi marcada por reprovações e acusações mútuas, e pelos temas da luta contra o terrorismo do grupo separatista basco ETA e pela estrutura que o Estado deve ter.
Segundo os jornais 'El País' e 'La Vanguardia', uma das questões mais importantes quanto às eleições de domingo pode ser o número de eleitores que votarão.
Segundo o 'País', 'a batalha pela hegemonia municipal entre o PP e o PSOE nessas eleições será resolvida em função da maior ou menor abstenção nos diferentes territórios'.
Atualmente, os socialistas governam com maioria absoluta nas regiões de Castela La Mancha e Extremadura. No entanto, em Aragón, tiveram que fazer um acordo com o Partido Aragonês (PAR), na Cantábria, com o Partido Regionalista, e, em Astúrias, com o Esquerda Unida.
O PP tem as presidências regionais das Ilhas Baleares, Castela e Leão, Madri, Múrcia, La Rioja e da Comunidade Valenciana.
No entanto, em Navarra, região vizinha ao País Basco, quem governa é o União do Povo Navarro (UPN), legenda dos populares nessa comunidade. Também há Governos populares nas cidades autônomas de Ceuta e Melilla, no norte da África.
A Coalizão Canária governa sozinha as ilhas atlânticas, após romper seu pacto com o PP.
As pesquisas antecipam que pode haver uma mudança em Navarra, na qual a coalizão nacionalista Nafarroa Bai poderia forçar a perda do poder para o UPN.