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BUENOS AIRES - A sede da embaixada do Brasil em Buenos Aires foi cercada nesta quarta-feira por dezenas de policiais que tentam evitar a aproximação de caminhoneiros argentinos. Eles protestam contra pagamentos atrasados da cervejaria Quilmes, que pretence ao grupo brasileiro Ambev.
O trânsito foi interrompido em frente à embaixada, na rua Cerrito, em frente à Avenida 9 de Julho, a principal via da capital argentina.
Com os protestos, a região nobre de Buenos Aires - como a Avenida Alvear, onde estão as lojas e hotéis de luxo, e a Avenida Libertador - ficou congestionada.
O líder do protesto dos caminhoneiros, Pablo Moyano, tentou montar na entrada da embaixada uma barraca de "ollas populares" (ou "panelas populares", para oferecer sopa aos manifestantes). A polícia reagiu com violência. Apesar do confronto, o protesto atraiu um número crescente de manifestantes.
A tensão continua com os caminhoneiros insistindo em tentar montar acampamento no local. Moyano anunciou para meia-noite desta quarta-feira uma greve geral do setor no país, afetando a distribuição não só de cervejas, mas de outras empresas de água e refrigerante.
Este é o segundo protesto dos caminhoneiros na porta da embaixada brasileira este ano. A Quilmes alega que eles não têm pagamentos atrasados.